Se o primeiro episódio da 7ª temporada de The Walking Dead foi aquele tiro no peito dos fãs, o segundo foi uma espécie de recuperação à falta de fôlego que sentimos e uma possível “luz no fim do túnel” para o grupo de Rick e toda Alexandria. Em The Well, fomos apresentados à comunidade comandada pelo Rei Ezekiel, um homem aparentemente nobre, simpático, maleável, que toma decisões precisas a favor de seu reino. Ele está sempre acompanhado de seus ajudantes e de sua tigresa Shiva, cujos efeitos visuais para construir o animal foram bem feitos. Você sabe que não é de verdade, mas a aparência é praticamente real.
A nova comunidade foi apresentada pela visão de Morgan e Carol, salvos por dois membros do reino após serem atacados por integrantes dos Salvadores. Morgan vê uma possível esperança naquele grupo, enquanto Carol enxerga apenas um conto de fadas construído em meio a uma época devastadora, com zumbis e violência. O cinismo que Carol utiliza para se entrosar com Ekeziel e os demais integrantes do grupo é tão nítido que chega a irritar um pouco. Mas a gente entende a sua atitude, pois ela não quer ficar presa naquele mundo mágico sem saber se eles são realmente fortes a ponto de enfrentar qualquer ameaça que vir além dos muros que cercam a comunidade construída em uma antiga escola. Porém, pra quem não tem nada e não desejar voltar para Alexandria, ela deveria usufruir do espaço e da boa vontade de Ezekiel para se recuperar e ganhar força para seguir em frente e sozinha, já que é a sua escolha. A conversa de Ezekiel e Carol foi bastante envolvente e importante, não só por deixá-la à vontade para tomar sua decisão, como também conhecemos um pouco da origem de Ezekiel, um tratador de animais em um zoológico e, nas horas vagas, ator em peças teatrais de sua comunidade. Daí vem o título de “rei”, já que ele sempre interpretava papeis de autoridade e liderança.
Enquanto Carol deseja partir dali o quanto antes, Morgan se sente mais confortável e vê a possibilidade de construir uma nova vida, além de contribuir para o reino. Ele já começou a fazer isso ao ensinar as técnicas de Aikidô a um dos integrantes que não tem a menor capacidade para lidar com armas, porém é um integrante com grande potencial que Ezekiel não quer perder. Aliás, Ezekiel também vê potencial em Morgan e já o recruta para um trabalho que o Reino faz às escondidas, com o objetivo de garantir a sua paz. Como trégua, o grupo entrega aos Salvadores uma parte dos mantimentos que arrecadam (na verdade eles entregam porcos que são alimentados por carne de zumbi. Eca). Já percebemos que o Reino e os Salvadores não se dão bem, mas encontraram uma forma de manter a harmonia entre os grupos, contando que nenhum deles descumpra tal acordo.
O episódio apresentou as mesmas características de Ezekiel e o objetivo do Reino que são mostradas nos quadrinhos. A ideia é que o Reino se reúna com Alexandria e Hilltop (comunidade de Jesus) para derrotar os Salvadores, liderados por Negan. Mas antes que isso aconteça, espero que a série explore mais sobre o reino e esse encontro entre o rei e Rick e como eles irão construir essa relação a ponto de entrarem juntos em uma guerra que não terá volta.
E aí, o que acharam do episódio? Deixem nos comentários!
Avaliação
Melhor cena: apresentação do Rei Ezekiel
Melhor personagem: Morgan, Ezekiel e Carol
Nota: 8,0
Fotos: IMDB