Além de uma estreia espetacular, The Walking Dead está surpreendendo a cada passo que dá. Com Slabtown e Self Help não foi diferente. Não é a primeira vez que a série dedica um episódio inteiro a um personagem ou um grupo. Pelos comentários que tenho lido, muitas pessoas acham esse tipo de plot arrastado e monótono. Concordo, mas, neste caso, achei interessante e fundamental, pois eles podem mudar o rumo da história.
Slabtown trouxe o paradeiro de Beth: em um hospital. De cara, vemos a personagem sob cuidados médicos e protegida pela polícia. De primeira achamos seguro, até sermos surpreendidos pelas verdadeiras intenções de cada um. A começar pela policial Dawn. Líder do local, ela mantém todos em rédea curta e, se for necessário, alguns até apanham. Para pagar a sua dívida, depois de ter sido “socorrida” na rua, Beth precisa ajudar nos afazeres. Com ela, somos apresentados ao personagem Noah, interpretado pelo ator Tyler James Williams (Todo Mundo Odeia o Chris). Há um ano no hospital, ele revela à garota que nem tudo são flores lá dentro. Beth começa a perceber as atitudes do policial tarado Gorman e do médico Dr. Steven.
Todas as ações são tomadas por extinto de sobrevivência. Dawn acredita que alguém irá salvar todos, mas Beth joga em sua cara que nada mudará, irritando ainda mais a policial. Ela e Noah até tentam fugir do hospital. Ele consegue sair, mas Beth é capturada novamente. Agredida por Dawn, ela se mantém quieta no seu canto até receber a nova integrante, Carol. Agora, a pergunta que não quer calar: Como Carol foi parar lá? Será que ela também vai explodir o hospital? Já é a segunda vez que Daryl perde alguém. Seria azar?
Já o quinto episódio, Self Help, é focado no grupo que está a caminho de Washington DC. Após o acidente com o ônibus, Glenn, Maggie, Abraham, Rozita, Eugene e Tara ficam à mercê no meio da estrada. Por sorte, eles encontram uma biblioteca velha para passar a noite.
Nos flashbacks, conhecemos um pouco da história de Abraham. Para proteger a família, o personagem revela seu lado sombrio. Assustada, a esposa foge com os filhos deixando o marido para trás. Infelizmente o óbvio acontece: ela e os garotos são atacados por walkers e morrem. Prestes a dar o fim na vida, Abraham conhece Eugene que revela estar em uma missão.
Nos dias atuais, descobrimos algo que, eu pelo menos, não esperava: Eugene não é cientista e ele não sabe como acabar com os zumbis. Durante a revelação, ele admite ser um covarde e que precisava da ajuda de pessoas para chegar à cidade. Revoltado, Abraham desconta sua raiva no rapaz, mas se controla ao lembrar se de seu passado. O final deixa ainda mais claro que a sobrevivência de Abraham se deve a missão de Eugene, ou seja, ele só não acabou com a sua própria vida, porque apostou todas as suas esperanças na salvação do planeta. É nessa hora que o telespectador fica dividido. Você teria a mesma atitude de Eugene para sobreviver? Ou você tomaria as dores de Abraham depois de ter sido enganado, principalmente em um momento de dor? Confesso que, de primeira, fiquei do lado de Abraham, mas depois de absorver este episódio também não saberia responder a essa questão com facilidade.
Com todas as revelações, será que o grupo continuará a jornada até DC ou retornará para encontrar a turma de Rick? Só vamos saber no próximo episódio. Ou ainda não.
Avaliação
Melhores personagens: Beth e Abraham
Melhores cenas: a fuga de Beth e a revelação de Eugene
Nota: 9,0