Parece que foi ontem que minha amiga da faculdade, Bruna, chegou correndo na sala, virou-se para mim e disse: “Você precisa assistir Pretty Little Liars! Só tem um episódio, mas você vai amar!”. Eu dei risada na hora, mas como estava entrando no mundo das séries naquela época (2010), resolvi dar uma chance e, sete anos depois, estou aqui falando sobre o final dessa história. As primeiras temporadas de PLL foram sensacionais e não tinha um episódio que me deixasse ansiosa para a semana seguinte, afinal, estava louca para saber quem era “A”, mas não fazia ideia de que teria que esperar anos por essa resposta. Ao longo dos episódios, descobri que não era só a identidade de “A” que eu precisava saber, mas também de Uber A, Red Coat e, agora na reta final, o famoso “A.D”, que surgiu para dar mais mistério, como se Pretty Little Liars já não tivesse o bastante.
Depois de tanta enrolação e tantas perguntas sem respostas, Til Death Do Us Part traz um pouco de alívio aos corações dos fãs. Depois de saber que “A” era Cece Drake/Charles/Charlotte, que Mona matou Charlotte e Jenna sabia de muita coisa, a série colocou um elemento X para dar aquele gás no episódio final. A bomba que Marlene King soltou em cima da gente é que A.D é, nada menos que, Alex Drake, irmã gêmea de Spencer Hastings. Isso mesmo! Muitos ficaram surpresos, outros nem tanto, uma vez que essa teoria havia sido espalhada pela internet e muitos especulavam sobre essa possibilidade, uma vez que Marlene disse que A.D estava entre nós desde o primeiro episódio da 7ª temporada. No começo ninguém entendeu, mas com a revelação da identidade de A.D tudo ficou mais claro. Mas, será que faz sentido?
Um ano após a descoberta do assassino de Charlotte, as garotas estão bem e tocando a vida levemente. Aria e Ezra vão se casar; Alison e Emily são mamães de meninas gêmeas; Hanna e Tyler continuam casados; Spencer está em paz com a família novamente e estudando Direito; após um período de viagens e planos, Toby retorna para Rosewood e seu reencontro com Spencer nos dá a esperança de que o amor ainda existe entre os dois. Mas claro que tudo não seriam flores o tempo todo e lá pela metade do episódio final, com duração de 1h30, vemos Alex libertando Mary Drake da cadeia e sequestrando Spencer e Ezra (bem no dia do casamento). A partir daí, uma sucessão de acontecimentos é jogado em nossa cara revelando toda essa jornada, desde Charlotte iniciando o jogo como “A” até o instante em que ela conhece Archer na França e, logo após, Alex Drake em Londres, uma vez que Wren apresentou as duas. Finalmente as últimas peças do quebra-cabeça são encaixadas para que possamos entender a razão de Alex ser A.D. A gêmea de Spencer não só quis vingar a morte de Charlotte, como também quis tomar o lugar de Spencer para ter tudo o que não teve a vida toda: família, amigos, amor e carinho. Claro que naquele momento nota-se que a personagem apresenta problemas psiquiátricos que, pelo visto, é algo genético dessa família e isso é o que reforça e justifica toda a vingança planejada contra as garotas esse tempo todo.
A aparição de Alex Drake faz sentido e traz mais energia à série, porém, achei que o desenvolvimento desse arco foi muito corrido, uma vez que deixaram tudo para os 45 minutos finais dessa temporada. Se Marlene King tivesse apresentado Alex antes, talvez a vilã causasse um impacto muito maior no público, além de desvendar camada por camada dessa personagem que aparenta ser bem complexa. Uma pena que não fizeram isso.
Mesmo apresentando a identidade de A.D apenas no último episódio, os roteiristas poderiam ter ousado ainda mais e colocado um plot twist avassalador. No momento em que Alex e Spencer ficam frente a frente com o grupo, Toby poderia ter prendido a garota errada. Assim, Spencer ficaria presa, enquanto Alex tomaria o seu lugar para sempre, uma vez que ela conseguiu fazer isso inúmeras vezes, enganando as meninas, Toby e a mãe. Eu sei, seria uma ousadia e tanto. Por um lado, acharia legal, mas por outro eu estava desejando um final feliz e em paz para as garotas, depois de sofrerem tanto nesses sete anos. Mas fica aí na nossa imaginação o que poderia ter acontecido se, de fato, houvesse essa troca.
O final de Pretty Little Liars traz um final feliz, mas não para todos. Alison pede Emily em casamento e as duas ficam juntas com suas filhas. Porém, o telespectador descobre (pela boca de Alex) que o verdadeiro pai das meninas é Wren, mas não apresenta uma explicação mais consistente de como isso aconteceu. Talvez, por estar completamente cego de paixão por Alex, Wren atendeu ao pedido da amada que, por sua vez, atendia aos pedidos de Charlotte e Archer. Se foi exatamente assim eu não sei, mas fica aí uma suposição. Hanna engravida de Caleb; Aria e Ezra se casam, mas infelizmente, Aria descobre que não pode ter filhos; Spencer e Toby se aproximam, dando indícios de que ficarão juntos.
Já Mona conseguiu o que tanto queria: ser a dona do jogo e da porra toda. Ela se muda para a França e, no porão de sua boutique francesa, ela mantém Alex e Mary Drake prisioneiras em sua nova casa de bonecas, revelando que ela pode, sim, comandar o jogo e encerrá-lo a hora que bem quiser. Mas a gente sabe que ela não vai acabar com isso tão cedo. No entanto, a série não mostra como Mona consegue capturá-las, uma vez que as duas estavam detidas na delegacia. Vai saber, né.
Pretty Little Liars estreou em 2010 com uma premissa boa que encantou uma legião de jovens e adultos, porém a série perdeu o fôlego ao longo das temporadas com tantos mistérios e enrolações que não levavam a história a lugar nenhum. Se a série tivesse menos temporadas e menos enrolação, tenho certeza que Pretty Little Liars sairia com um saldo mais positivo. Mas, mesmo com os seus altos e baixos, a trama teve os seus momentos de glória e vai deixar saudades.
Ah, a cena final dá a entender que a história vai começar tudo de novo. Chega, né? Primeiro, não quero ser enrolada novamente; Segundo, Spencer, Hanna, Alison, Emily e Aria são insubstituíveis!
E aí, o que acharam do series finale de Pretty Little Liars? Deixem nos comentários!
Bye bye, bitches! – C
Avaliação
Melhor personagem: todos
Melhor cena: a revelação da identidade de A.D
Nota: 7,0