O segundo episódio intitulado Powersuit teve como foco principal a chegada de mais de 80 detentas em Litchifield com destaque para as latinas. Sempre visto como um grupo pequeno, as mulheres dos demais países latinos (México, República Dominicana e Colômbia), agora, se sentem fortes e capazes de conseguir mais espaço e poder no presídio. Porém, a diferença entre nacionalidades dificulta essa harmonia, como foi retratada com Flores, Maria e duas novatas enquanto assistiam futebol na sala de TV.
Este arco abriu espaço para conhecermos a história de Maria Ruiz, uma dominicana que foi criada por seu pai, León, um homem que sempre viveu a favor de sua pátria. As atitudes do pai fizeram Maria, desde a adolescência, questionar a sua nacionalidade e a forma de viver no país. É interessante notar que Maria sempre teve uma personalidade forte desde criança e sempre soube impor isso. Podemos ver isso no momento em que ela conhece o rapaz que vende drogas para sobreviver. Maria livra o cara da polícia e impõe atitude ao se aproximar (ela lhe dá um belo soco). Mas, é durante a conversa que notamos a sensibilidade do homem e a força de Maria em sonhar por uma vida melhor. Ao se envolver com o rapaz, Maria também enfrenta a autoridade do pai e joga na cara todas as suas frustrações, provocando a sua expulsão de casa. Se ela ficou com medo? Não pensou duas vezes em arrumar as malas para seguir o seu rumo. Tudo indica que ela se juntou ao rapaz, mas não fica claro as razões que a levou para a cadeia. Talvez seja o seu envolvimento com drogas.
Diante dessa historia, entendemos melhor a forma como ela lida com essas diferenças na cadeia, sem abaixar a cabeça, mesmo quando a situação se torna difícil. A forma como ela defende Flores é demais.
Em outro plot acompanhamos o crescimento de Piper e a forma como ela lida com o posto de “nova chefona do pedaço”. Sinceramente, não sei até quando isso irá durar, mas por enquanto, ela está conseguindo equilibrar a situação, uma vez que ela começa a atrair detentas para o seu lado. Isso fica bem claro quando ela persuade a colega de quarto que, por sinal, é bem folgadinha, né? Seguindo os conselhos de Red, Piper tenta impor um ar de mistério sempre ao lado de sua guarda-costas. Afinal, proteção nunca é demais!
O plot de Judy King fica melhor a cada episódio (e olha e que ainda estou no segundo). Após fazer exigências quanto a sua nova colega de quarto, Yoga Jones é recrutada para dividir o espaço com a celebridade. No começo, questionamos a sua insistência em não querer ficar ali, mas entendemos o seu ponto de vista, afinal, ela será a única a ter regalias enquanto as demais sofrem para ter um espaço no banheiro. Isso é suficiente para que Yoga Jones seja mal vista pelas outras colegas. No entanto, vai ser difícil resistir aos mimos e as xícaras de chá de ervas de Judy King. Vamos ver até quando ela aguenta.
Algo que me incomodou bastante foi a forma como Caputo e os demais conselheiros tentam resolver os problemas do presídio. O desdém e deboche diante da política aplicada em Litchfield gera revolta em que está assistindo. Mesmo que cada uma esteja ali pagando pelo crime que cometeu, elas merecem o respeito das autoridades, além de exercer seus direitos. Cada vez que a situação é empurrada com a barriga, os conflitos entre os grupos só aumentam. Pelo visto, esse plot promete dias tristes e difíceis no presídio.
O segundo episódio de Orange Is The New Black mostrou que a série ainda preza em contar o que está acontecendo na cadeia junto com uma história de uma das presidiárias. Essa fórmula acontece desde a primeira temporada e vem dando certo até hoje. A quarta temporada promete gerar conflitos ainda mais pesados, sempre com um toque de humor ácido.
E aí, o que acharam do episódio? Deixem nos comentários!
PS: Quero Poussey como colega de quarto de Judy King!
PS 2: Será que vai rolar um breve romance entre Poussey e Soso?
PS3: Black Cindy se destaca em todas as cenas. Estou torcendo por ela na briga contra a muçulmana.
PS4: Adorei a forma como a Red lidou com a colega que ronca. No lugar dela, faria o mesmo rs.
PS 5: Alex está mais paranóica que a Lolly. Calma mulher! Se você estampar o medo na cara, vão descobrir o que você fez.
PS 6: Estou com pena da Doggett. Quero punição para aquele policial idiota que abusou dela e também quero um episodio centrado nessa história.
PS 7: Se minha colega de quarto ficasse levantando minha cama para alongar, arrancaria suas pernas.
Avaliação
Melhor personagem: Red, Maria, Flores e Judy
Melhor cena: Red tentando silenciar o ronco da colega de quarto
Nota: 10