Na guerra entre o bem e o mal, que tal colocar todos contra o heroi para inverter o jogo e mostrar que as ações do bonzinho só estão prejudicando. É essa jogada desesperada que vemos de Stokes contra Luke. Depois do quarto episódio, Just To Get A Rap é meu segundo episódio favorito da série até agora. De um lado vemos o heroi saindo do seu esconderijo e revelando a todos os curiosos quem ele é e qual é o seu objetivo. Do outro lado, temos o vilão e sua gangue furiosos com a perda de uma quantia enorme de dinheiro e desesperados com o poder se desfazendo, levando-os a atitudes fracas e covardes. Que tal roubarmos as pessoas de Harlem para que o heroi se sinta responsável pela violência gerada na comunidade que tenta proteger a todo custo? O ato até assustou, mas a força e a lealdade de Luke fez o feitiço virar contra o feiticeiro.
Luke não quer só porrada na cara. Ele quer dar continuidade ao legado de Pop que é ajudar a comunidade e os jovens a saírem das ruas e escolherem um caminho melhor para uma vida plena e feliz. Aos poucos, Luke coloca alguns pontos nos eixos, como, por exemplo, enfrentando os capangas de Stokes e devolvendo todos os pertences roubados ao pessoal de Harlem. Paralelamente a essa cena, acompanhamos a despedida de Pop onde o público presta atenção aos discursos de Luke e Stolkes. Discursos que posicionam claramente as intenções dos dois, cabendo a cada morador de Harlem escolher de qual lado quer ficar. Algo está mais do que claro: a guerra foi declarada e Stolkes fará qualquer coisa para acabar com Luke, até mesmo comprar uma arma russa capaz de explodir um corpo com uma única bala.
Além de deixar claro o bem e o mal, o episódio também mostra outro embate: a justiça feita pelas próprias mãos versus a justiça do sistema. Aqui, esses lados são bem representados por Luke e Misty. Enquanto o primeiro tenta explicar que fará tudo para acabar com Cornell, a detetive o alerta de que a situação poderá piorar e que muita gente sairá prejudicada nesta história se a situação perder o controle (pra falar a verdade, já perdeu). Por um lado, Misty tem razão, mas ela deveria se atentar mais ao que acontece dentro da delegacia, já que a corrupção e a traição começam lá de dentro. Uma vez alertada sobre o detetive Scarfe, Misty se faz de alienada e jura de pés juntos que o parceiro é leal. Pobre dela ao descobrir que o amigo é duas caras. Será uma grande decepção. Porém, tal descoberta renderá um plot e tanto à série.
O quinto episódio também nos trouxe a personagem Claire Temple, que vem da série Demolidor. Infelizmente ainda não tive tempo de assistir essa série, então não sei dizer muita coisa a respeito da personagem, mas acredito que Claire terá um papel fundamental em Luke Cage. Aliás, tenho que dar o espaço neste texto para falar da participação especial de Sônia Braga como mãe de Claire. Acredito que ela será uma espécie de mentora para a filha até a reta final desta temporada.
E aí, o que acharam do episódio? Deixem nos comentários!
Avaliação
Melhor cena: o discurso de Luke e Stokes no funeral; Luke pegando todos os capangas de Stokes
Melhor personagem: Luke, Stokes e Claire
Nota: 10