O ritmo lento de Luke Cage ganhou uma acelerada na medida certa e no episódio Step In The Arena, acompanhamos as consequências dos últimos atos de Luke junto com o seu passado, revelando fatos importantes de sua vida que será fundamental para entendermos o que passar daqui pra frente. Depois de invadir o escritório de Mariah e roubar parte do dinheiro das “doações”, Luke tem a chance de resgatar a barbearia de Pop. Porém, as consequências de seus atos foram além do limite. Cornell é irredutível e quando alguém interfere em seus negócios e ultrapassa seu caminho, ele se torna uma pessoa extremamente objetiva e perigosa. O míssil que ele lança na lanchonete é o estopim para o heroi revelar suas habilidades na frente de todos, inclusive da detetive Misty.
Enquanto vemos o resgate de Luke e Connie debaixo dos destroços do restaurante, acompanhamos também um flashback muito importante da vida do protagonista: a época em que ele ficou na cadeia e como ele adquiriu essa super força. No passado, Luke era um policial que pagou por algo que estava indiretamente envolvido. É interessante a forma como a série conduziu esse plot, mostrando seu envolvimento com a psicóloga Reva (sua futura esposa) e como ela conseguia trabalhar com os sentimentos e as frustrações de Luke, percebendo que ele estava injustamente naquele lugar horrível. As reuniões de grupo são interessantes e os diálogos são bem reflexivos, levantando questões importantes como a solidão, a aceitação do novo estilo de vida e como encarar isso sem se fechar para o mundo. Infelizmente, o envolvimento de Luke e Reva acaba gerando consequências tristes para todos.
Para salvar a sua pele e de se novo amigo, conhecido como Pavio Curto (adorei ele), Luke entra para um ringue de lutas entre os detentos, comandado por um policial sujo e corrupto com quem ele trabalhou no passado. É a partir daí que o protagonista começa a enxergar como os esquemas funcionam dentro da cadeia: se você entra no jogo, você ganha regalias e segurança; se tentar sair, você e seus próximos sofrem alguns acidentes que surgirem pelo caminho. Digo isso, porque quem leva a pior é o Pavio Curto, seguido por Reva, que é obrigada a se afastar de Luke; e este leva uma surra do grupo comandado por Shades (Theo Rossi) que, hoje, é o braço direito de Cornell. O mundo é pequeno, não é mesmo?
Entre a vida e a morte, Luke aceita ser cobaia de um novo experimento arquitetado pelo médico do presídio. E foi este experimento que lhe deu habilidades extraordinárias que garantiu a sua liberdade e o seu reencontro com Reva.
No final, vemos dois grandes momentos: o primeiro em que Luke adquire sua força, paralelamente com o momento em que ele revela sua identidade às pessoas de Nova York. Agora, eu quero só ver a reação de Cornell ao descobrir que Luke Cage está vivo. O bicho vai pegar.
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PS: “Você prefere Jet Li ao invés de Bruce Lee? Cara, você não vai mais me treinar”. Melhor diálogo de Luke e Pavio Curto.
PS 2: Esse detetive Scarfe ainda vai se ferrar por ser duas caras.
Avaliação
Melhor cena: as conversas de Reva e Luke; as lutas no presídio; o resgate nos escombros do prédio.
Melhor personagem: Luke, Reva e Pavio Curto
Nota: 10