Pra quem não sabe, comecei a assistir How To Get Away With Murder e consegui ficar em dia com a série. Agora, vou poder fazer as reviews e dividir minha opinião com vocês. Aliás, que série fantástica, hein? Primeira temporada formidável, seguida de uma segunda que está no mesmo nível de excelência. Depois de descobrirmos quem, de fato, matou Lila, a segunda temporada tem como base principal o caso da família Hapstall. Aqui, Annalise e seu grupo de aluno precisam descobrir quem matou o casal Hapstall e porque tudo indica que os filhos adotivos são os verdadeiros assassinos.
Entre manipulações, Annalise arquiteta um dos seus melhores planos até agora. Com sua tradicional narrativa não-linear, a série apresenta as cenas de trás pra frente, já nos revelando o acontecido para, assim, nos explicar detalhe por detalhe como a história se chegou à cena destaque. A segunda temporada começa com Viola Davis ensangüentada no chão na casa dos Hapstall e, junto com ela, vemos também a promotora Emily Sinclair morta. Sim, o desespero bate na nossa porta, afinal, quem teve a audácia de atirar em Annalise? Assim, os criadores e roteiristas da série nos entregam um quebra-cabeça perfeito, trazendo respostas e abrindo espaço para novas perguntas.
A morte de Emily Sinclair e o tiro em Annalise foram planejados pela própria advogada. Na verdade, a personagem não planejou a morte de Emily, mas sim a cena em que o corpo seria encontrado, já que quem a matou foi Asher, após ser extremamente provocado pela promotora devido à morte de seu pai (Mr. Millestone). Annalise precisava esconder todas as evidências possíveis. Não poderia arriscar mais nem sua cabeça e a de seus alunos. A brilhante ideia foi pedir para que um deles atirasse nela para que Catherine Hapstall levasse a culpa. Cada detalhe, cada palavra, cada passo foi planejado formidavelmente. A cada susto que levamos, recebemos em seguida uma explicação. E foi isso que aconteceu no episódio What Happened To You, Annalise?
Afinal, o que aconteceu com você, Annalise? Essa é a grande pergunta que gira no retorno da segunda temporada. Em quase 45 minutos, o episódio conseguiu explicar sucintamente o que aconteceu naquela noite e como o plano foi arquitetado. Duas semanas se passaram, sem que a série precisasse se focar em como os personagens tiveram que lidar com tudo aquilo enquanto Annalise estava hospitalizada. O retorno da advogada à sua casa nos dividiu por um momento: afinal, o que é realidade e o que não é? Sob efeito de remédios fortes, Annalise passa por vários momentos de alucinação, muito bem interpretados por Viola Davis. Por causa disso, Bonnie acredita que a advogada não está apta para testemunhar, uma vez que Annalise a entrega um bebê em seus braços. Um bebê que não existe. Por que será que a protagonista está alucinando tanto com isso?
Bonnie afirma que Annalise não deve ir ao tribunal. Mas, estamos falando da Annalise, não é? Mesmo delirando, a advogada tem tudo planejado em sua cabeça: seu desempenho como testemunha fora de si, quase entregando a cabeça de todos para a juíza é excelente e nos deixa ainda mais duvidosos de sua sanidade. Logo em seguida, recebemos a explicação de sua atitude quando a vemos conversando com Caleb, para que este convença a irmã de que ela atirou em Annalise, enquanto Phillip leva a culpa pela morte do casal Hapstall. Que bela jogada! Ainda assim, não sabemos até quando essa história irá à diante, uma vez que ela foi construída em cima de uma rede de mentiras e manipulações.
Junto com o encerramento temporário do caso Hapstall (ainda não sabemos quem matou o casal), a segunda temporada terá como foco principal o passado de Annalise e Wes, uma vez que sabemos que a advogada conhecia a mãe do garoto e ainda o colocou na faculdade, mexendo os seus pauzinhos. Porém, a forma como Wes vem lidando com essa situação é extremamente irritante. Ele é o típico personagem que procura agulha no palheiro e, quando encontra, tenta correr pra longe ou fica todo irritadinho. Wes? Você me irrita! Isso só piora quando ele tenta confrontar Annalise. Como ele pode questionar uma pessoa que não está em seu melhor momento de lucidez? E mesmo não pensando direito, ela o enfrenta, ainda mais agora sabendo que ele pode realmente machucá-la (já que foi ele quem atirou nela e no lugar errado). Mesmo achando o personagem bem chato, tenho que confessar que eu também estou curiosa em saber como Annalise conheceu a mãe de Wes e qual é a sua verdadeira conexão com ele. Aliás, a pergunta coringa deste episódio é: seria o bebê apenas uma ilusão? Ou ele realmente existe, uma vez que vimos a protagonista grávida 10 anos atrás?
O retorno de How To Get Away With Murder trouxe alguns desfechos de situações que vimos na primeira parte da segunda temporada e abriu espaço para novos conflitos. Claro, o caso Hapstall ainda não foi totalmente solucionado e isso voltara à tona em breve. Além disso, a segunda temporada irá responder o porquê Frank matou Lila a mando de Sam e a revelação da morte de Rebeca.
E aí, o que acharam do episódio? Deixem nos comentários!
PS: não gosto da forma como Annalise trata a Bonnie. A arrogância dela, algumas vezes, me incomoda.
PS 2: Odeio quando Wes se faz de vítima e coitado. Concordo com a Laurel: Asher carrega uma situação ainda mais pesada nas costas e nem por isso ele ficou na cama se lamentando. Menos Wes! Bem menos.
Avaliação
Melhor personagem: Annalise, Laurel e Bonnie
Melhor cena: as alucinações de Annalise
Nota: 9,0