The Walking Dead retorna em sua 11ª e última temporada que será dividida em duas partes: teremos oito episódios em 2021 e os 16 últimos episódios serão exibidos em 2022, totalizando 24 episódios para finalizar esta série de longa data.
No geral, posso dizer que The Walking Dead voltou com um episódio engatilhado, ou seja, a série pincela os principais momentos já vistos nos episódios extras da 10ª temporada, fazendo uma espécie de “esquenta” sobre o que virá pela frente. Assim, temos cenas em que mostram Ezekiel, Princesa, Yumiko e Eugene indo diretamente para a tão aguardada Commonwealth; a situação caótica do grupo em reerguer Alexandria; o retorno de Maggie e a sombra dos Ceifadores que, logo mais, devem dar às caras na história; e, por fim, o clima tenso entre Maggie e Negan que promete render momentos instigantes e o esperado acerto de contas.
O primeiro episódio começa com uma cena, até então interessante, em que o grupo se prepara para entrar em uma base militar abandonada e cercada por walkers adormecidos. Tal momento causa certa curiosidade em acompanhar, uma vez que as mulheres protagonizam uma boa sequência de luta contra os walkers enquanto recolhem mantimentos e equipamentos para Alexandria, tudo na base de poucos diálogos em que as imagens dispensam qualquer palavra ou explicação.
The Walking Dead: o reencontro de Maggie e Negan
Era necessário tal cena? Sinceramente, não faria a menor falta se não tivesse, já que o intuito era mostrar a situação difícil e precária em reerguer Alexandria, que carece de alimentos e ferramentas tanto para produzir a própria comida quanto para reconstruir o local antes que walkers dominem a região.
Maggie vs Negan
Por conta do status decadente de Alexandria, todos precisam encontrar alternativas de sustento, até mesmo um novo lugar para morar. Com isso, a Maggie propõe ir para o Meridiano, sua antiga moradia, uma vez que a localização oferece segurança e recursos. O grande problema é que o lugar foi tomado pelos Ceifadores, como foi explicado tal ataque nos episódios extras da 10ª temporada. Com uma mistura de determinação em ajudar o grupo e vingança, Maggie sugere que parte do grupo viaje com ela para tomar o Meridiano de volta. Mas esta não seria uma ideia perigosa demais? Afinal, o grupo inimigo é citado como extremamente violento, o que colocaria boa parte dos personagens em grande risco. Por causa disso, alguns decidem ficar em Alexandria como Carol, Aaron e Rosita enquanto Daryl, Gabriel, Negan e o grupo de Maggie parte rumo ao Meridiano.
Tal sequência desta caminhada acontece dentro da estação de metrô, um cenário interessante e não visto em The Walking Dead (não que eu me lembre), causando uma atmosfera de suspense por não saber o que encontrar neste ambiente.
No entanto, os personagens encontram mais walkers que, por sinal, estão dentro de sacos, indicando que alguém possa ter feito isso, o que aumenta o perigo. Isso faz com Negan comece a rebater as decisões de Maggie, intitulando-a de ditadora, já que ela está colocando todo mundo em risco por conta de um grupo oponente que não está nem por perto. Em parte, Negan está certo, uma vez que o lado justiceiro de Maggie está falando mais alto sem se importar tanto com os demais (até mesmo Daryl demonstra receio sobre o que esperar lá na frente), o que faz o clima ficar intenso entre os dois, uma vez que o histórico deles não é nada bom.
The Walking Dead: o passado de Negan e a verdadeira Lucille
Negan até tenta dar para trás ao perceber que as intenções de Maggie é tentar eliminá-lo em um possível combate com o grupo inimigo – o que causa a grande discussão dos dois – mas decide continuar. Porém, um novo grupo de walkers invade a estação encurralando o grupo. Enquanto Daryl se separa do pessoal para ir atrás do seu cachorro, o restante se esconde dentro do vagão.
Ao tentar subir no vagão, Maggie não consegue e, para aproveitar a oportunidade perfeita, Negan não a ajuda e a deixa à mercê dos walkers caso ela caia no chão. Pelo visto, a essência original de Negan ainda continua enraizada nele, o que vai despertar a fúria do grupo, especialmente a de Maggie. É bem provável que ela saia dessa situação, mas acabe se separando do grupo, assim como Daryl. Vamos aguardar o próximo episódio.
Commonwealth
O início da última temporada de The Walking Dead nos dá o primeiro vislumbre sobre a tão esperada cidade Commowealth que, obviamente, será explorada ao longo da temporada.
Entrar na Commowealth não é nada fácil e o processo aparenta ser bem detalhista e torturante na sua espera. O exemplo perfeito disso é quando Eugene, Yumiko, Princesa e Ezekiel passam por um extenso interrogatório com questões pessoais sobre o antes e depois da grande queda, desde a comunidade em que mora, se são pessoas dignas e honestas, histórico de saúde, até questões engraçadas como o CEP da antiga moradia e como eles se higienizam ao ir ao banheiro (é isso mesmo rs).
O medo logo paira quando o grupo percebe que o reprocessamento pode demorar a acontecer, caso falhem na avaliação, o que faz com que muitos fiquem presos por vários meses, como vemos com outros prisioneiros no local. Por enquanto ainda não se sabe a razão para este interrogatório minucioso e como o reprocessamento funciona, mas acredito que The Walking Dead logo dará as respostas assim que adentrar em Commonwealth.
The Walking Dead: saiba mais sobre a Princesa e os soldados de Commonwealth
E isso está mais rápido de acontecer, já que a Yumiko descobre que o seu irmão se encontra nessa comunidade e está à sua procura, o que faz todos desistirem da fuga e retornarem ao local.
Quem é Mercer?
Um novo personagem intrigante logo é introduzido na 11ª temporada de The Walking Dead. Durante as cenas do interrogatório, o espectador é apresentado ao Mercer, interpretado por Michael James Shaw que, por hora, ainda não há detalhes sobre o que faz nesta comunidade, se ele realmente é quem comanda ou se está ali para seguir as ordens do seu superior. Em breve vamos descobrir.
O personagem Mercer apareceu pela primeira vez nos quadrinhos de The Walking Dead na HQ 177, lançado em 2018. Ele é o guarda-costas de Pamela Milton, comandante de Commonwealth, e seu filho, porém, a relação entre eles não é uma das melhores.
Apesar de ser um dos militares mais implacáveis de Commonwealth, Mercer demonstra desconforto em ter que cumprir tarefas que lhe são dadas, além da sua autoridade e importância serem diminuídas pela comandante. Agora, resta saber se a série vai seguir os mesmos passos da HQ ou se a relação de Mercer com a comandante e os protagonistas irá mudar.
O que vocês acharam da estreia da 11ª e última temporada de The Walking Dead?