Esta aí um filme pelo qual estava ansiosa demais para assistir desde o dia em que vi o trailer. E posso dizer que sai mais do que satisfeita do cinema. Sai feliz e com vontade de assistir de novo. Quem quiser companhia, só me chamar! Brincadeiras à parte, Bridget Jones retorna às telas do cinema com a mesma essência de sempre: atrapalhada, um pouco indecisa, feliz e cheia de vida! Mesmo depois de 12 anos, a personagem nos alegra com sua personalidade e as confusões em que se mete.
Desta vez, a diretora Sharon Maguire (O Diário de Bridget Jones) traz o desfecho da protagonista, só que com mais algumas confusões. No auge dos 40 anos, Bridget (Renée Zellweger) está solteira novamente, já que seu ex-amado Mark Darcy (Colin Firth) se casou com outra depois de dez anos de namoro. Porém, Bridget não encara a solteirice como antes. Muito mais madura e longe dos livros de autoajuda, Bridget é uma linda mulher que faz várias cabeças na rua virarem para ela, tem seu emprego fixo como produtora de um programa de televisão e novos amigos que lhe acompanham em novas aventuras, enquanto os antigos (Jude, Tom e Shaz) lidam com o casamento e os filhos, mas sem deixar a amiga de lado. Para comemorar o 43º aniversário, Bridget vai com Miranda (Sarah Solemani) a um festival de música onde ela conhece o bilionário Jack (Patrick Dempsey) e inicia um breve e louco romance. Ao retornar, ela reencontra Mark e ambos revivem a antiga paixão. Porém, o resultado desse encontro/reencontro é inesperado: Bridget está grávida! Mas, quem é o pai? É aí que a diversão e os problemas começam.
Quem conhece toda a saga da personagem, sabe que Bridget sempre encarou com diversão e alegria o status de solteira. E quando entrava em algum relacionamento, recebia conselhos malucos de amigos e livros de autoajuda que traziam mais problemas em sua vida. Agora, Bridget está mais velha, mais bonita e mais madura. A pressão que ela sofreu sobre se casar e ter filhos ainda continua, só que o terceiro filme traz isso de uma forma mais leve, pois Bridget desencanou sobre o que os outros pensariam a seu respeito e foi viver a vida à sua maneira. Pode ser que alguns não gostem do filme por mostrar novamente a protagonista dividida entre dois amores ao invés de mostrar uma Bridget independente e mãe solteira, adepta a tudo o que conservadorismo é contra. Nada contra se a história fosse por este caminho, mas quem acompanhou a personagem pelos livros e filmes sabe o quanto ela tem o direito de ser feliz ao lado de quem ela ama de verdade. Isso não é errado e nem a deixa menos independente. Pelo contrário, Bridget mostra que pode ser feliz sozinha, mas a sua opção é ser feliz ao lado de quem ela ama. Como disse, é o direito que ela tem e pode usufruir disso sem diminuir a sua autoestima ou ficar comparando a sua vida com a dos outros. Além disso, a gravidez leva a protagonista a uma nova fase em que ela vai confirmar que pode ser feliz independente do que for, seja solteira ou não; seja com ou sem o apoio dos pais e dos amigos. E mesmo tendo que encarar várias situações difíceis no meio do caminho, ela não desiste em deixar o mundo melhor para a chegada do seu filho.
Além de trazer à tona questões como ser solteira, mãe solteira, amores correspondidos ou não e independência, a trama traz cenas hilárias que vai fazer o público rir bastante. Lembram do Daniel Cleaver, interpretado por Hugh Grant? Calma, o filme não se esquece dele não e o destino do icônico e garanhão Cleaver é engraçado e surpreendente. Ah, e também temos a participação ilustre do cantor Ed Sheeran. As cenas com ele são poucas, mas são ótimas. E sua participação deixa a trilha sonora do filme maravilhosa! Uma música melhor do que a outra!
A solteirona e seus dois cavalheiros
Achou que eu não ia falar dos personagens, né? Renée Zellweger será para sempre Bridget Jones. Mesmo depois de anos, a atriz incorpora novamente a mesma essência, personalidade e trejeitos da personagem. De novo você verá Bridget atrapalhada, confusa e no meio de um caos que precisa resolver o quanto antes. O mais legal é que a personagem encara isso de forma divertida e é muito bom ver que, mesmo depois de anos, Bridget continua com a mesma graça que nos foi apresentada, pela primeira vez, em 2001. Não vejo outra atriz interpretando essa personagem com a mesma perfeição que Renée.
Colin Firth não fica para traz em nenhum momento e revive Mark Darcy com a finnese britânica de sempre. O personagem continua o mesmo: fechadão, meio carrancudo e durão, só que ao ver o amor de sua vida partir, ele percebe o quão idiota ele foi por sempre colocar o trabalho ou outras coisas na frente do seu relacionamento. É no terceiro filme que vemos o gelo de Mark Darcy derreter e ele finalmente se entregar aos seus sentimentos sem medo. Claro que para isso acontecer, ele precisou levar um choque de tratamento, como a gravidez de Bridget e a chegada de um concorrente: Jack.
O charme de Patrick Dempsey (Grey’s Anatomy) na pele de Jack faz a gente até ficar na dúvida. Será que ele irá pegar o posto de Mark Darcy? O personagem é um grande matemático que consegue saber se você é compatível ou não com alguém. O mais legal disso é que mesmo sendo expert no assunto amor, ele se vê totalmente enrolado com relação à Bridget. Mesmo usando todo o seu charme, carisma e cuidados requintados (que não são poucos), conquistar o coração da protagonista não é tão fácil assim. Nem a matemática vai ajudá-lo.
A participação de Emma Thompson como a obstetra não só é o alívio cômico do filme, como também a personagem é uma espécie de orientadora para Bridget, já que ela vê sua paciente numa bela enrascada. O mais legal é que a médica dá conselhos bons e curtos sobre ser mãe solteira e também se diverte ao se sentir em um reality show sobre “quem é o verdadeiro pai do bebê de Bridget Jones”.
Considerações finais
O final não poderia ser melhor! O Bebê de Bridget Jones traz um desfecho alegre, bonito e emocionante para todos os personagens. Mas, o filme deixa um ponto de interrogação que fará muitas pessoas saírem da sala do cinema se perguntando. O que é? Só assistindo para saber rs. Tenho certeza que os fãs irão gostar do final da protagonista que nos mostra que ser solteira não é o fim do mundo; que ser mãe solteira não é um problema; que optar por ficar ao lado do seu amor não é deixar de ser independente e muito menos baixar a sua autoestima. Dá para ser feliz de todos os jeitos, mesmo quando os problemas vêm de uma vez só.
Aliás, será que este será o último filme? Acredito que teremos mais um filme pela frente, mas isso é a minha opinião. Se tiver ficarei muito feliz, mas a história terá que ser muito boa. Se não for, melhor parar por aqui.
Vale a pena assistir? Com certeza! E não só uma vez. O Bebê de Bridget Jones é aqueles filmes que você vai assistir no cinema e toda a hora que passar na televisão. O filme estreia hoje!
Ficha Técnica
O Bebê de Bridget Jones
Direção: Sharon Maguire
Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Patrick Dempsey, Emma Thompson, Sarah Solemani, Celia Imrie, James Callis, Jim Broadbent, Shriley Henderson, Sally Phillips e Ed Sheeran.
Duração: 2h03 min
Nota: 10
Trilha Sonora
Still Falling For You – Ellie Gouding
Hold My Hand – Jess Glynne
Years & Years – King
Run – Tiggs Da Author
Fuck You – Lily Allen
Jump Around – House of Pain
That Lady, Pts. 1& 2 – The Isley Brothers
Walk On By – Dionne Warwick
Just My Imagination (Running Away With Me) – The Temptations
I Heard It Through the Grapevine – Marvin Gaye
We Are Family (Single Version) – Sister Sledge
Ain’t No Stoppin’ Us Now – McFadden & Whitehead
Meteorite – Years & Years
Reignite – Knox Brown x Gallant
Thinking Out Loud (Campfire Version) – Ed Sheeran
Slave To the Vibe (Radio Edit) – Billon
The Hurting Time – Annie Lennox
Race To Mark’s Flat – Craig Armstrong
Wedding – Craig Armstrong