Após o grande sucesso de WandaVision (tem review de todos os episódios no site), a Marvel lança a segunda série do universo cinematográfico Marvel que é Falcão e o Soldado Invernal (Falcon and the Winter Soldier), disponível no Disney Plus em que os episódios serão exibidos semanalmente às sextas-feiras.
Após meses de delay (por conta da pandemia), finalmente os fãs vão acompanhar as aventuras de Sam Wilson (Anthony Mackie) e Bucky Barnes (Sebastian Stan), vingadores e amigos de Steve Rogers (Chris Evans). E já tenho que dizer que o primeiro episódio é uma grata surpresa por trazer um novo olhar sob os personagens – que vimos pouco nos filmes – diante do novo mundo após a era do BLIP.
![Falcao-e-o-Soldado-Invernal-2 Falcao-e-o-Soldado-Invernal-2](https://pipocanamadrugada.com.br/site/wp-content/uploads/2021/03/Falcao-e-o-Soldado-Invernal-2.jpg)
Com 50 minutos de duração e que passam muito rápido, Falcão e o Soldado Invernal se passa seis meses após os eventos de Vingadores: Ultimato, com a morte de Tony Stark (Robert Downey Jr) e o aposento de Steve Rogers. O episódio já começa com Sam Wilson relembrando o momento em que Steve passa o escudo para ele com o intuito de que ele seja o novo Capitão América. Mas logo de cara, o público já nota que Sam não quer ocupar este lugar, não se sente confortável e nem dono deste escuto, devolvendo o objeto ao governo em uma cerimônia em homenagem ao Capitão América que, inclusive, temos a participação de James Rhodes (Máquina de Combate), interpretado por Don Cheadle.
O primeiro ponto positivo desta estreia é que a série foca em retratar o background dos protagonistas e como o BLIP afetou ambos, já que Sam e Bucky desapareceram em Vingadores: Guerra Infinita após o estalo de Thanos. De um lado, vemos Sam ainda trabalhando para a força aérea, mas, desta vez, conhecemos a sua família e conflitos como um mero civil, já que ele não tem poderes. Após retornar, Sam tenta ajudar a irmã e seus sobrinhos com os negócios de pesca e venda, porém nada vai bem, já que os problemas financeiros se agravaram, especialmente para aqueles que desapareceram, como é o caso de Sam, que teve sua renda zerada e, agora, precisa começar tudo de novo. A série até brinca com o fato de como os heróis ganham dinheiro: cada um tem um salário ou lutam apenas por amor de devoção? Como pagam as contas?
Falcão e o Soldado Invernal mostra como o mundo precisou se readaptar durante o BLIP e como essa ‘Nova Ordem Mundial’ (título do episódio) foi afetada com o retorno de milhares de pessoas que haviam desaparecido, disseminando uma onda de dúvidas e, até mesmo, de ódio. De um lado, tivemos o desespero de um mundo reduzido a pó; do outro, a readaptação diante do novo mundo e a crise após o BLIP; por fim, há aqueles que acreditam com veemência de que o mundo estaria melhor se estas pessoas não tivessem retornado do BLIP que, por sinal, é outro ponto importante que será desenvolvido na série.
O outro lado de Bucky Barnes
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Enquanto Sam tenta lidar com a ausência de Steve, as novas missões como herói e os problemas familiares na qual ele precisa ajudar, a série também nos dá o outro lado de Bucky Barnes, um background triste e que ainda assombra nosso Soldado Invernal.
Tratado como um civil nos Estados Unidos, Bucky precisa passar por sessões de terapia para garantir ao governo que não fará mal a ninguém. Por anos, Bucky sofreu uma lavagem cerebral e trabalhou para a HYDRA, matando friamente seus alvos. Isso é retratado em Capitão América: O Soldado Invernal e Capitão América: Guerra Civil.
Por ainda ter pesadelos com tudo o que fez, Bucky tem a tarefa de lidar com todos os erros do passado e tentar corrigir de forma legal e sem machucar ninguém. Na série, dois exemplos são mostrados, como a prisão da senadora, que abusou do poder dado pela HYDRA e o Soldado Invernal; e a morte de um rapaz que, infelizmente, apareceu no lugar e na hora errada. Com isso, Bucky se aproxima do pai, que sofre com a morte do filho na qual nunca obteve resposta de como isso aconteceu. Mas sabemos quem foi que o matou, não é mesmo?
Lidar com 100 anos de consciência pesada não será nada fácil, mas é uma tarefa na qual Bucky terá que cumprir para viver como civil na América, além de tentar estabelecer uma rotina de uma pessoa normal como, por exemplo, ter encontros. Acredito que Bucky realmente vai encontrar o seu lugar no mundo quando ele passar a trabalhar junto com Sam Wilson, algo que acontecerá em breve.
Ação ao estilo Marvel
Ninguém pode negar que Falcão e o Soldado Invernal já apresentou boas cenas de ação logo no primeiro episódio, bem ao estilo Marvel. A sequência de luta e perseguição no céu é sensacional em que vemos Falcão resgatar um tenente enquanto luta com os sequestradores dentro de um avião. Foi bom, foi bonito e a série promete entregar mais cenas assim e até melhores.
Quem são os Apátridas?
![Falcao-e-o-Soldado-Invernal-5 Falcao-e-o-Soldado-Invernal-5](https://pipocanamadrugada.com.br/site/wp-content/uploads/2021/03/Falcao-e-o-Soldado-Invernal-5.jpg)
Durante a sua missão, o tenente Torres (Danny Ramirez) conta para Sam Wilson que após o BLIP, um novo grupo surgiu, intitulado Apátridas, pessoas que acreditam que o mundo estava melhor durante o desaparecimento da metade de população mundial, causada por Thanos.
Os Apátridas deixam manifestos e marcas pela internet para mostrar que são a favor de um mundo unificado e sem fronteiras. Assim, eles utilizam da força e da brutalidade para colocar esse ideal em prática, como é mostrado na cena do roubo do banco na Suíça. Aliás, nesta cena, vemos que um dos integrantes dos Apátridas tem uma força fora do comum, o que já faz o espectador questionar como essa força surgiu.
Crítica: Cherry – Inocência Perdida
Por enquanto, os Apátridas são retratados como uma crença, um ideal a ser seguido e que causará e dividirá os civis, mas é bem possível que a série nos dê a identidade do líder deste grupo que virá a se tornar o vilão.
Novo Capitão América?
![Falcao-e-o-Soldado-Invernal-4 Falcao-e-o-Soldado-Invernal-4](https://pipocanamadrugada.com.br/site/wp-content/uploads/2021/03/Falcao-e-o-Soldado-Invernal-4.jpg)
Falcão e o Soldado Invernal encerra o primeiro episódio com um bom e questionador cliffhanger. O mundo demonstra medo, bagunça e insegurança, precisando de uma figura que retrata a esperança, coragem e a segurança que a América precisa, como Steve Rogers representou durante todos esses anos.
Assim, o governo americano apresenta o mais novo Capitão América, seguindo as mesmas características de Steve Rogers, mas em uma versão mais genérica, na minha opinião. Confesso que, à primeira vista, não curti tanto, mas ainda não é possível julgar.
A grande pergunta que fica é: porque o governo não insistiu em colocar Sam Wilson como o novo dono do escudo, já que o próprio Steve Rogers o escolheu? Será que o governo não está preparado para ter um herói negro representando a América? Como Sam vai lidar com essa novidade? Eu sei que ele recusou a oferta, mas qual o motivo do governo não ter ido atrás dele?
O que vocês acharam da estreia de Falcão e o Soldado Invernal?