The Walking Dead entrega um episódio novamente focado em Carol e Daryl dando continuidade aos eventos do segundo episódio, em que descobrimos mais sobre o passado do Daryl em um momento específico. Em termos de ação e acontecimentos, este episódio não entrega muita coisa, por isso não crie expectativas, mas é um episódio que faz relembrar os primórdios da série, a amizade dos personagens e, é claro, o spin-off que está por vir.
O episódio ‘Diverged’ inicia após os acontecimentos na cabana e acompanha Daryl e Carol caminhando pela floresta. Enquanto Daryl decide explorar mais um pouco para encontrar comida e outros suplementos, Carol retorna para Alexandria na companhia do Dog, o que faz o público acompanhar ambos paralelamente.
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Desta vez, temos um foco maior na Carol que retorna para a comunidade para, enfim, dar continuidade à sua vida. Logo de cara, o espectador nota a personagem perdida e, toda vez que ela se sente assim, o tédio é nítido, o que a faz procurar qualquer tipo de atividade para ocupar a sua mente imediatamente. Não é a primeira vez que ela faz isso e quem conhece a Carol de outras temporadas, sabe como ela age quando está triste, magoada ou com peso na consciência.
A conversa dela com Jerry e o fato do próprio personagem notar que ela está estranha confirma que Carol não está bem. A dinâmica de suas cenas vai de simples até os momentos mais explosivos, como ela querer cozinhar uma sopa, mas não tem ingredientes suficientes e nem eletricidade na comunidade; a obsessão em capturar o rato que causa na cozinha; a matança que ela faz para eliminar os walkers que estão aos arredores de Alexandria; e, por fim, a destruição da parede que mostra o quanto ela precisava extravasar para colocar um pouco deste peso que ela carrega para fora.
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Como disse, Carol não está bem e o acúmulo de todos esses sentimentos precisam ser expelidos, seja pelo fato dela ter ido embora quando Henry morreu; a obsessão em matar Alfa; a culpa por ter sido responsável pela queda da caverna e o sumiço de Connie; a responsabilidade de ter libertado Negan para colocar o seu plano em ação na guerra com os Sussurradores; e, é claro, a amizade abalada com Daryl.
Já as cenas dela com o Dog é uma das melhores coisas que acontece neste episódio e a dinâmica deles é simplesmente encantadora. Dog confia na Carol, assim como confia em Daryl o que, para mim, confirma algo importante: a amizade dessa dupla é fundamental para a série.
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Paralelamente à subtrama de Carol, o episódio de The Walking Dead também acompanha Daryl, que caminha mais um pouco à procura de comida, suplementos e ferramentas para arrumar a sua moto. O plot do personagem faz lembrar dos primórdios da série, em que a única preocupação dos personagens, a princípio, era se proteger, fugir, aprender a matar os walkers e não ser mordido. Os exemplos são as cenas da Carol matando os walkers e o Daryl matando os walkers que encontra pelo caminho, além da cena do carro.
Mesmo que as cenas de ação estejam ausentes, o episódio relembrou de como tudo começou na série, além de enfatizar o abalo que essa amizade sofreu. Carol sabe que o Daryl tem razão sobre tudo o que lhe disse e, agora, quer encontrar um jeito de consertar as coisas. Daryl sabe que foi duro com Carol, mas era necessário dizer essas palavras para a amiga. Por mais que a amizade esteja estremecida, um está sempre ao lado do outro, um ajuda o outro e ambos não querem e não vão desistir da amizade.
Além disso, The Walking Dead faz uma espécie de “esquenta” para o futuro spin-off deste universo que será focado nestes personagens, mostrando a dinâmica deles, como cada um trabalha sozinho e juntos e como ambos lidam com os problemas e as diferenças. Espero que esta nova série que está por vir seja interessante, afinal, o programa vai trabalhar com os dois melhores personagens da série original.
O que vocês acharam do episódio de The Walking Dead?