Cobra Kai é uma série que chegou sorrateiramente em 2018, uma produção original do YouTube. No entanto, foi em 2020 que seu sucesso explodiu ao entrar no catálogo da Netflix, conquistando vários novos fãs e despertando a nostalgia no coração dos apaixonados por Karatê Kid. Com a 3ª temporada marcada para chegar em janeiro de 2021 e a 4ª temporada já garantida, você precisa saber por que vale a pena acompanhar esta história fantástica que prende a sua atenção do começo ao fim em vários aspectos.
Confira alguns motivos para assistir Cobra Kai e se apaixonar de vez por esta série. Você pode ver em texto ou vídeo.
Qual a é a história?
Criado por Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg, e Josh Heald, Cobra Kai é uma série derivada e continuação do filme Karatê Kid, 34 anos depois dos eventos do torneio de 1984 em que Daniel LaRusso vence Johnny Lawrence.
Ralph Macchio e William Zabka reprisam seus papéis e a gente acompanha como estão a vida dos protagonistas. De um lado, Daniel cresceu na profissão, montou seu império LaRusso de concessionária de carros, é casado e tem dois filhos, com destaque para a filha Sam (Mary Mouser). Já Johnny é amargurado, derrotado, se afunda na bebida e não tem uma relação nada boa com o filho Robby (Tanner Buchanan), que também se destaca na trama.
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A série mostra como essa rivalidade entre os dois ainda existe, principalmente quando Johnny ressuscita a escola de caratê Cobra Kai e atrai a atenção de uma garotada, com destaque para Miguel (Xolo Maridueña) que cresce bastante na trama e tem Johnny como seu mentor.
Até agora, Cobra Kai contêm 2 temporadas com 10 episódios cada uma, com duração de até 30 minutos, o que vale uma maratona super fácil de fazer. A 3ª temporada estreia em janeiro de 2021 na Netflix e terá também 10 episódios. A 4ª temporada já está confirmada.
Nostalgia vs Atualidade
Cobra Kai mistura nostalgia dos anos 80 e trabalha isso nos dias atuais, seja na construção das personalidades dos personagens, nos conceitos, na trilha sonora ou em flashbacks. Caso você não se lembre muito dos filmes, a série faz questão de refrescar a memória do público com cenas dos longas para estruturar a trama, relembrar fatos de 30 anos atrás e situar o posicionamento de cada personagem, especialmente de Johnny e Daniel.
É aqui que vemos a evolução dos personagens que conhecemos nos anos 80 e como suas opiniões, qualidades e defeitos entram em conflito com os dias atuais. O grande destaque vai para o Johnny, que aos poucos vai quebrando pensamentos e conceitos bastante engessados e preconceituosos à medida que ele vai conhecendo os seus alunos do Cobra Kai e, é claro, se torna o mentor de Miguel, que lhe ajuda a se adaptar ao mundo moderno, como por exemplo, aceitar mulheres no dojo – afinal, elas lutam tão bem quanto os homens; aceitar e respeitar os diferentes aspectos das pessoas, seja o tipo de cabelo, corpo, opinião, entre outros; a usar a internet a favor do Cobra Kai e utilizar a tecnologia a favor da evolução e do sucesso deste novo projeto para atrair mais alunos; a medir melhor as palavras e trabalhar o equilíbrio e a raiva; a usar apps de relacionamento; entre outras coisas.
Por incrível que pareça, apesar de ainda ter falhas, Johnny Lawrence vai conquistar bastante o público e fazer o espectador ter mais empatia pelo personagem que conhecemos anos atrás. Mas ainda assim, muita coisa acontece, muito trabalho precisa ser feito, muitos defeitos precisam ser melhorados. Mas Johnny vai se tornar o seu personagem favorito.
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Já Daniel, o queridinho de Karatê Kid, também terá suas qualidades sendo colocadas à prova, assim como seus defeitos sendo expostos em Cobra Kai. Não é um personagem que vai fazer você sentir raiva – particularmente eu não sinto – mas Daniel terá que lidar com novos desafios, reviver traumas do passado e bater de frente com pessoas na qual ele não esperava rever. Além disso, a série faz questão de trabalhar mais o lado obscuro e falho do personagem.
Por fim, o ápice da série é trabalhar a antiga rivalidade de Johnny e Daniel e mostrar como eles lidam com essa história depois de 30 anos e já adultos.
A Luta
Se tem um ponto que Cobra Kai faz questão de mostrar é a formação das escolas de karatê – Cobra Kai e Myagi Do – a rivalidade entre os dojos, como cada Sensei trabalha com os alunos a formação de caráter, as qualidades, os problemas e os sentimentos de cada um, tudo isso na forma de luta. A luta em Cobra Kai é outro ponto positivo e muito bom de acompanhar na série, especialmente se você for fã de luta (karatê).
Desde a decisão de entrar na escola Cobra Kai ou Myagi Do até os treinamentos intensos e a forma como Johnny e Daniel ensinam o significado do karatê, o espectador acompanha a evolução dos personagens e como cada um usa a luta a seu favor, especialmente os personagens que sofrem bullying na escola, como é o caso de Miguel, Eli, Aisha (Nichole Brown) e Demetri (Gianni DeCenzo). Só que uns melhoram, enquanto outros acabam despertando um lado obscuro e agressivo.
Novos personagens
Além de acompanhar os veteranos Johnny e Daniel, o público também acompanha a nova geração em Cobra Kai, que rende ótimos plots, boas reviravoltas, despertam amores, rivalidades, uniões inesperadas, brigas marcantes e muito mais.
De um lado temos Miguel, que chega como o novo vizinho de Johnny e o vê lutando como nunca tinha visto antes. Miguel é carismático, alegre, divertido, mas sofre bullying na escola, mas ainda assim isso não o desanima. É ele quem incentiva Johnny com o Cobra Kai e ajuda o dojo a crescer, ganhar divulgação e conquistar vários alunos. É uma dupla que conquista o espectador de imediato.
Junto com ele conhecemos também Eli, Demetri e Aisha, que passam a enxergar o dojo como uma salvação para aceitar a si mesmo e ter uma nova perspectiva de vida. No entanto, a luta acaba despertando um lado mais obscuro, como é o caso de Eli (Jacob Bertrand), que vai de um garoto que sofria bullying na escola a um lutador agressivo, arrogante, prepotente e um pouco impiedoso. É um personagem que você gosta, mas começa a ficar com o pé atrás com o passar dos episódios.
Além deles, outro destaque é Robby, que não tem uma conexão boa com o pai, Johnny. O personagem começa como um malandro, que falta às aulas e gosta de roubar, mas quando conhece Daniel e seu conhecimento sobre karatê, Robby muda da água para o vinho drasticamente e positivamente. É um personagem que cativa a empatia aos poucos, mas ainda tem falhas que precisa trabalhar.
Do outro lado temos a família de Daniel LaRusso, com destaque para a filha Samantha, que vai lutar e aprender ao lado do pai, ao mesmo tempo que certos conflitos entre eles acontecem. Além disso, ela passa a conhecer o outro lado da história com Johnny Lawrence, se aproxima de Miguel e também de Robby, criando aquele triângulo amoroso que rende ótimas reviravoltas. Além dela, a gente também conhece a esposa de Daniel, Amanda (Courtney Henggeler), que é um ótimo complemento à trama, na qual a luta também vai influenciar no casamento dos dois.
Personagens nostálgicos
Nessas duas temporadas de Cobra Kai, além das referências nostálgicas dos filmes, também temos o retorno de antigos personagens, como os amigos de Johnny, que fazem uma participação especial. Mas o grande destaque vai para John Kreese (Martin Kove), ex-sensei de Johnny que deixou marcas traumáticas no personagem.
Kreese retorna com o propósito de se reaproximar de Johnny e corrigir os erros do passado, mas à medida que o público acompanha a trama, percebe-se que as intenções de Kreese são outras e não tão boas assim, especialmente quando ele se infiltra de vez no Cobra Kai e passa a influenciar os alunos, desvalorizando os ensinamentos de Johnny e aplicando o já era considerado errado no passado. Tudo isso torna a situação ainda pior, resultando na grande briga que vemos no último episódio da 2ª temporada.
Aliás, Kreese vai causar ainda mais na 3ª temporada, e se você já assistiu a série, sabe muito bem do que estou falando e o que vai acontecer nos novos episódios.
Ficha Técnica
Cobra Kai
Criação: Jon Hurwitz, Hayden Schlossberg, e Josh Heald
Elenco: Ralph Macchio, William Zabka, Xolo Maridueña, Tanner Buchanan, Mary Mouser, Martin Kove, Jacob Bertrand, Courtney Henggeler, Peyton List, Gianni DeCenzo, Nichole Brown, Vanessa Rubio, Rose Bianco e Joe Seo.
Duração: (2 temporadas – 20 episódios – 30 aprox.)
Nota: 9,0
