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Home Cinema

Crítica: Beau Tem Medo

Camila Savioli Por Camila Savioli
20/04/2023
em Cinema, Destaque, Resenha
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foto do filme Beau Tem Medo
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Se tem algo que Ari Aster sabe fazer é chocar o público com suas histórias de terror nada comuns. A obviedade é uma palavra que não existe em seu vocabulário, e o diretor, novamente, retorna aos cinemas com Beau Tem Medo (Beau Is Afraid) para retratar um assunto simples de forma metafórica, insana e extravagante que irá sugar toda a sua energia…algo que pode ser bom ou ruim.

Beau Tem Medo é o mais novo terror psicológico na qual o diretor montará um triplex na cabeça de cada espectador. Não é um filme fácil de ser assistido, muito menos de ser digerido, mas é uma produção cuja experiência desafia os neurônios de cada um a refletir sobre as entrelinhas, mesmo que a mensagem em si tenha ficado claro. Não se preocupe, as interpretações são diferentes, sendo todas cabíveis diante do que foi visto. Não existe uma única verdade e é isso que faz este filme ser um ousado trabalho do diretor.

Beau Tem Medo acompanha Beau, um homem que mostra ter problemas de relacionamentos, personalidade e introspecção a partir da cena inicial em que vemos o personagem em sua rotineira sessão de terapia. Com a prescrição do médico em ter que tomar os seus remédios corretamente e com água (algo enfatizado pelo terapeuta), Beau inicia a sessão dizendo que irá visitar a mãe em breve, em comemoração ao aniversário da morte do pai.

Logo percebe-se que este é o maior conflito do protagonista e uma sucessão de contratempos, confusões e situações absurdas – que logo se tornam uma loucura infinita – fazem Beau iniciar uma odisseia para chegar até a casa da sua mãe, em que cada cena, momento e diálogo entregam uma peça do quebra-cabeça psicológico sobre a abordagem real por trás desta história.

Crítica: Midsommar – O Mal Não Espera a Noite

Beau Tem Medo é uma coletânea de situações que dá a sensação de que o espectador acompanha o protagonista em contos diferentes dentro de sua vida. A cada sequência o vemos posicionado em um momento improvável em que todos vão se conectando aos poucos.

Beau-Tem-Medo-4

O que torna este filme um terror psicológico é o fato de acompanharmos todo o desenvolvimento da história pelo olhar de Beau que, nitidamente, nos entrega uma visão eufórica e, muito possivelmente, deturpada sobre o que ocorre ao redor. Por ser uma trama aberta a interpretações, é normal desconfiarmos do olhar do protagonista. Mesmo que ele esteja relatando o que pensa e sente de verdade, a que ponto pode chegar o seu exagero? Tal questionamento surge, uma vez que o personagem é movido por seus variados medos, alimentando a sua irracionalidade.

Ao todo, vemos a jornada do protagonista se debruçar em culpas, medos e angústias a partir de um gatilho que o moldou (e ainda molda) e o tornou em um homem completamente inseguro de si. E qual seria este gatilho? Mesmo que a primeira parte do filme seja uma grande aglomeração insana situacional, que faz o público dar risada do absurdo que acompanha, é possível notar que o filme trata sobre o relacionamento maternal, o laço de mãe e filho, na qual a figura materna dá vida à sua cria, mas não a cria para o mundo e, sim, para si mesma.

Tal ideia começa a maturar no segundo ato, especificamente na longa sequência em Beau foge da casa onde estava e vai parar em um acampamento na qual assiste a uma peça de teatro. É nesta peça que mergulhamos no imaginativo do personagem, que se vê em uma vida liberta de angústias e do controle maternal, podendo caminhar sozinho, enquanto desenha sua jornada a partir de suas próprias escolhas, mesmo que isso acarrete em momentos bons e ruins.

Mas quando tais sentimentos invadem a sua mente de novo, isso faz Beau retornar à realidade na qual ele ainda precisa encarar estes medos que lhe sufocam. É do segundo ato até o final, que Beau Tem Medo faz a gente compreender com mais nitidez sobre as inseguranças do personagem alimentadas por uma mãe cujo amor em excesso o podou. Uma entre várias reflexões que podem ser feitas aqui, a mãe de Beau sempre usou de uma autoridade camuflada de amor para controlá-lo por dentro e por fora, seja nos seus pensamentos, sua personalidade, ações e reações.

Beau-Tem-Medo-5

Ari Aster consegue desenhar como esta figura materna controladora ‘corta’ a virilidade do filho, como na cena em que Beau não quer tomar banho, e ela o castiga colocando-o no sótão. Aquele monstro possivelmente trata-se de um grande pênis, mostrando que sua masculinidade ficara reclusa por tanto tempo, criando uma dependência de filho com mãe. De um jeito mais direto e cru, trata-se do cordão umbilical que não fora cortado. Aliás, a cena inicial do parto e o desespero misturado à preocupação da mãe pode ser um exemplo disso.

Crítica: Hereditário

Toda esta extravagância alegórica é obra de Ari Aster, mas nada disso funciona sem a ótima atuação de Joaquin Phoenix que entrega insegurança, medo, culpa, euforia, insanidade, pouquíssimas doses de calmaria em meio a grandes surtos, tudo isso através do seu olhar perdido, sua voz esganiçada e falha em que as palavras tropeçam em diálogos espaçados e demorados, já que ele tem até medo do que vai sair da boca. E a sofrência de Beau é tamanha que chega a ser hilária em vários momentos. A sequência em que ele tenta entrar e sair de casa é sensacional, um mix de trágico e cômico na qual o público duvida se, de fato, o personagem realmente mora em um bairro caótico e perigoso (parece a Cracolândia de SP), ou se tudo não passa de uma visão irracional do protagonista, já que seu medo fala mais alto.

Os atores Amy Ryan e Nathan Lane também estão no elenco e protagonizam, ao lado de Phoenix, uma sequência que se conecta a jornada de Beau, mas também apresenta a problemática destes personagens. O casal é responsável por atropelar o protagonista, levando-o para casa para se recuperar. A forma como agem – como se Beau fosse um filho adotado, enquanto a filha mais nova do casal não aceita tal atitude – revela que eles também moram em uma bolha que a própria vida criou, mas que não conseguem sair: a dor do luto. Ao perder o filho na guerra, o casal segue sem aceitar a morte do primogênito, o que faz o público entender a forma como eles tratam o protagonista, enquanto adotam o parceiro que lutou ao lado do filho e, agora, sofre com sequelas psicológicas desencadeadas pelo trauma.

Beau-Tem-Medo-2

Se Beau Tem Medo faz o espectador mergulhar nesta jornada maluca, o terceiro ato apresenta um plot twist que confirma a mensagem principal da trama, mas também destrava mais interpretações nestas entrelinhas. No começo, descobrimos que a mãe de Beau, Mona Wassermann, morreu em decorrência de um trágico acidente na qual um lustre cai e decepa a sua cabeça. Mas quando finalmente Beau chega na casa da mãe, a fim de que o funeral aconteça, ele não só reencontra uma antiga paixão da infância, Elaine (Parker Poser) – cuja participação é curta por ser tragicômica – como também descobre que a mãe está viva e mentiu sobre sua morte para atraí-lo até ela.

A atriz Patti LuPone está incrível como Mona, uma mulher que enriqueceu por sua inteligência e audácia ao criar um grande negócio. Mais do que isso, é sua arte de manipulação emocional que faz a gente entender a dinâmica que ela tem com Beau, desencadeando os problemas psicológicos em torno da figura maternal que vimos até agora. No entanto, como vemos toda a história pela perspectiva do protagonista, até que ponto tudo isso é verdade? De fato, pode existir o peso de uma mãe controladora na vida de Beau, mas será que pode ser um grande exagero? Novamente, tais questionamentos são cabíveis, uma vez que o filme abre espaço para essas interpretações.

Beau-Tem-Medo-3

A última cena em que vemos Beau fugindo em um barco e entrando em uma gruta, cria-se uma espécie de julgamento emocional na qual Beau é acusado de ingratidão à mãe por ele ousar em fazer suas próprias escolhas. O afogamento de Beau, na minha opinião, é uma representação de toda a culpa e insegurança criada pelo controle maternal, na qual Beau se sufoca até o último minuto, sem se salvar por não conseguir se impor, muito menos fazer suas próprias escolhas.

Crítica: Belo Desastre

Claro que Ari Aster monta uma grande alegoria para contar uma história cuja mensagem se torna simples quando configurada. No entanto, é um filme cuja duração de três horas apresenta muitas informações que exigem paciência e energia para absorver tudo o que está na tela, tornando-se cansativo em algumas ocasiões. Há cenas que poderiam facilmente ser cortadas e a história ter duas horas de duração, no máximo.

Considerações finais

Beau Tem Medo é um filme difícil de ser visto e digerido e, cada vez que for assistido, a perspectiva sobre a história pode mudar, uma vez que as entrelinhas entregam muitas frestas interpretativas. É um longa rico por desafiar o olhar e a reflexão do espectador, enquanto apreciamos ótimas atuações. Mas também é um filme cansativo por sugar a energia com tantas informações e cenas possivelmente descartáveis. Não é fácil de ver, por isso, dividirá opiniões. Mas é um filme a se recomendar, nem que seja para assistir uma única vez na vida.

Ficha Técnica

Beau Tem Medo

Direção: Ari Aster

Elenco: Joaquin Phoenix, Patti LuPone, Amy Ryan, Nathan Lane, Parker Posey, Armen Nahapetian, Kyle Rogers, Denis Ménochet, Zoe Lister-Jones, Julia Antonelli, Richard Kind, Hayley Squires, Bill Harder, Julian Richings, Alicia Rosario, Catherine Bérubé e James Cvetkovski.

Duração: 2h59min

Nota: 3,0/5,0

Tags: A24ari asterbeau is afraidbeau tem medocriticadiamond filmsfilmesjoaquin phoenixterror psicologico
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