Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Pipoca na Madrugada indica cinco séries protagonizadas por mulheres incríveis em que as histórias apresentam enredos interessantes, ótimos plots e temáticas que vão prender a sua atenção do início ao fim. Confira as dicas em texto ou em vídeo.
Good Girls

A primeira série desta lista é Good Girls e eu só comecei a acompanhar depois que a 1ª temporada acabou. Posso dizer que eu amei tudo: a história, as personagens e as boas reviravoltas que a série entrega.
Good Girls acompanha três mães suburbanas – Beth, Ruby e Annie – que estão passando por grandes dificuldades para sobreviver e colocar comida dentro de casa. Elas estão cansadas de querer algo e não conseguir e de tirarem tudo delas. Um dia, elas decidem fazer um assalto improvável e roubar o supermercado do bairro apenas para conseguir a grana que precisam no momento. O roubo dá certo, mas chama a atenção não só do gerente do mercado depois que ele reconhece uma das três, como também de uma gangue. Assim, elas descobrem que o dinheiro roubado é lavado e se envolvem em um negócio ainda mais improvável.
O tempo todo o espectador acompanha a saga de Beth, Ruby e Annie e entende quando elas planejam o assalto por conta das dificuldades que cada uma passa. Beth tem cinco filhos para criar e um marido que dá mais trabalho do que ajuda; Ruby precisa comprar remédios caros para o tratamento de sua filha; Annie é divorciada e cuida sozinha de sua filha, que passa por um momento de mudança e aceitação ao seu corpo e quem ela é.
Mas quando elas roubam pela primeira vez, o gosto aumenta e assusta, uma vez que elas precisam lidar com a gangue liderada por Rio que vai faze-las roubarem cada vez mais. Só que a atração para essa nova profissão aumenta deixando esse trio expert em roubo e lavagem de dinheiro.
Atualmente Good Girls tem três temporadas e a 4ª estreia em breve. São poucos episódios cada temporada, os personagens coadjuvantes são bons, sendo que alguns vão testar a sua paciência e até mesmo criar certo ranço. Mas, no geral, quem comanda mesmo a série é o trio de protagonistas interpretados por Christina Hendricks, Retta e Mae Whitman que estão ótimas nesses papéis. Apesar de não ter curtido tanto a 3ª temporada (ainda mais que foi interrompida por conta da pandemia do coronavírus), a série te prende com essa espiral de roubo que entrega momentos angustiantes e algumas reviravoltas que impactam.
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Vale a pena conhecer Good Girls e a série está disponível na Netflix.
Star Trek: Discovery

Mesmo que você não seja fã ou, até mesmo, não conheça o universo de Star Trek, sugiro que você comece pela série Star Trek: Discovery. Digo isso, pois faço parte deste grupo, mas dei a chance de conhecer esta história e, hoje, posso dizer que não me arrependo. Star Trek: Discovery é uma das melhores séries atuais que acompanho, tem uma protagonista extremamente forte e original e um enredo que traz momentos marcantes e que vão emocionar bastante. Sim, eu já chorei com esta série.
Star Trek: Discovery se passa 10 anos antes dos eventos da série original Star Trek, que mostra as casas unidas Klingons, envolvendo-se em uma guerra com a Federação Unida dos Planetas. Os protagonistas são os tripulantes da USS Discovery, com destaque para a protagonista Michael Burnham.
Michael é especialista em ciências da USS Discovery. Após ataque fatal que prejudica sua ex-capitã Philippa Georgiou, Michael é presa, mas ganha uma nova chance com o capitão Gabriel Lorca, que a faz ingressar na Discovery e, assim, acompanhamos toda a jornada da personagem e sua readaptação diante dos últimos acontecimentos.
Na 1ª temporada o público acompanha esse embate da Discovery com os Klingons e a volta por cima de Michael que, como disse, é uma das personagens mais fortes da série. Não é à toa que ela é a protagonista. Ela é altruísta, ou seja, ela se arrisca e se dispõe a ajudar os demais, deixando ela mesma em segundo plano. A química dela com os demais personagens é sensacional com destaque para o oficial Saru (Doug Jones) e a cadete Sylvia Tilly, colega de quarto da Michael, e uma das minhas personagens favoritas.
Na 2ª temporada a gente acompanha novas aventuras da Discovery com a participação do Capitão Pike e do Spock. Aqui, a Michael precisa saber o que aconteceu com o Spock, qual a relação dos dois e quem é o misterioso Anjo Vermelho. Na 3ª temporada vemos os tripulantes da Discovery viajar para o futuro, 900 anos à frente e descobre que uma grande combustão dizimou a Frota Estelar e demais espécies e seres alienígenas do universo. O que será que aconteceu? Star Trek: Discovery traz momentos significativos, a perda de alguns personagens e uma protagonista que dá orgulho de acompanhá-la. A série está disponível na Netflix e vale a pena dar o play.
The Good Fight

Outra série que resolvi dar uma chance e me apaixonei imediatamente é The Good Fight. A série é um spin-off de The Good Wife e, já adianto, que você não precisa ver esta série para entender The Good Fight. Claro, que se você já viu The Good Wife, já vai reconhecer alguns rostos, inclusive de uma das protagonistas.
A série acompanha a advogada Diane Lockhart depois que ela perde o emprego após um enorme golpe financeiro destruir a reputação de sua afilhada Maia e as economias de Diane. Assim, as duas conseguem um novo emprego e se juntam à Lucca Quinn em uma das empresas de advocacia proeminentes de Chicago.
Se você gosta de séries sobre advocacia como How To Get Away With Murder e Suits, você precisa dar uma chance para The Good Fight. A série tem um time feminino muito bom e forte, que provoca na hora certa, bate de frente tanto com as figuras da alta sociedade quanto da bandidagem, além de trazer temáticas interessantes como o papel da mulher advogada em um meio dominado por homens; as cenas nos tribunais são fantásticas onde vemos os melhores diálogos e confrontos; temáticas persistentes e que batem de frente com a realidade.
Na 1ª temporada vemos as personagens se ajustarem ao novo emprego, a investigação da família de Maia e como isso reflete no seu trabalho. A 2ª temporada temos um plot muito bom que envolve uma série de assassinatos de advogados. A 3ª temporada faz questão de provocar e cutucar o governo de Donald Trump e esse plot é sensacional, misterioso, investigativo e revelador.
A 4ª temporada sofreu cortes e interrupções por conta da pandemia e, assim, não tivemos um enredo tão bem desenvolvido, mas ainda assim, a série continua provocativa e com um novo mistério que envolve suborno e ameaça dentro dos tribunais e no meio jurídico.
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Christine Baranski, Cush Jumbo, Audra McDonald, Rose Leslie e Sarah Steele é o quinteto fantástico que faz tudo acontecer. Claro que os demais personagens são ótimos, mas nossas protagonistas arrasam sempre. The Good Fight está disponível no Prime Video.
Killing Eve

A quarta série desta lista é para quem ama uma boa história de investigação, assassinatos e uma química entre protagonistas bastante improvável. Estou falando de Killing Eve, série protagonizada por Sandra Oh e Jodie Comer.
A série acompanha Eve Polastri, uma investigadora da inteligência britânica que é encarregada de capturar a assassina psicopata Villanelle. À medida que a perseguição aumenta, as duas criam uma obsessão mútua.
Killing Eve é sensacional por vários motivos. Primeiro porque são três temporadas com poucos episódios; Segundo, temos uma ótima dupla de protagonistas; Terceiro, cada temporada conta com uma showrunner diferente: Phoebe Waller-Bridge foi a principal escritora da 1ª temporada; Emerald Fennell assumiu o posto na 2ª temporada; e Suzanne Heathcote liderou a 3ª temporada.
Killing Eve chama atenção com uma história atraente, investigativa e repleta de momentos angustiantes e com sangue. De um lado temos Eve e sua sede em investigar e descobrir pistas sobre quem está por trás dos assassinatos. Do outro lado, temos Villanelle e sua psicopatia formidável em que é enviada para matar as vítimas da vez. O seu toque especial está na forma fria e extravagante de matar as vítimas, em que ela gosta de se aparecer ao mostrar a sua obra de arte.
Quando uma descobre quem é a outra, a caça entre gato e rato fica ainda mais instigante, criando até um certo “romance obsessivo das duas”, entre tapas e beijos e morde e assopra. Jodie Comer e Sandra Oh estão incríveis nesses papéis e não é à toa que já ganharam prêmios com esta série. A 3ª temporada não é uma das melhores, na minha opinião, mas isso não tira o mérito da série.
Deem uma chance e conheçam esta história. Killing Eve está disponível no Globoplay.
My Mad Fat Diary

A última série desta lista é uma que me emocionou, impactou e entrou para lista de séries favoritas. Estou falando de My Mad Fat Diary, uma série britânica de 2013 que é baseado no livro My Fat, Mad Teenage Diary, escrito por Rae Earl.
Situada na década 1990, My Mad Fat Diary acompanha a vida da adolescente Rachel Earl, conhecida por Rae, que tem 16 anos e que acaba de sair de um hospital psiquiátrico onde ela ficou por quatro meses. Ela reencontra sua ex-melhor amiga Chloe, que desconhece os sérios problemas de saúde mental e imagem corporal da amiga, acreditando que ela estava na França nesses últimos meses. Rae tenta manter esse segredo, enquanto tenta impressionar o seu grupo de amigos Chloe, Izzy, Archie, Chop e Finn.
My Mad Fat Diary tem apenas 3 temporadas com 16 episódios e traz temáticas relevantes que se passam na vida de um/uma adolescente como a distorção da imagem corporal, problemas com alimentação, gordofobia, saúde mental, problemas de autoestima e auto aceitação, romances, amizades, credibilidade e muito mais.
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A série emociona ao acompanhar como Rae lida com esses problemas, o que passa por sua cabeça e tudo o que ela coloca em seu diário. Os diálogos são incríveis, especialmente nas cenas em que ela conversa com o seu terapeuta. Ao mesmo tempo que ela lida bem com as pessoas e começa a confiar nelas, ela tem recaídas, mas aos poucos, consegue dar a volta por cima o que torna incrível ver a sua evolução, amadurecimento e recuperação até o último episódio. Ah, e temos novamente Jodie Comer nesta lista, no papel de Chloe.
Já faz tempo que assisti a série e infelizmente ela não está disponível em nenhum streaming. Espero que algum streaming coloque essa série no catálogo porque vale muito a pena conhecer.