A 3ª temporada de Supergirl chegou ao fim e posso dizer que o saldo é positivo, apesar de não ter curtido uma coisa ou outra no decorrer dos episódios. Acompanhando a série religiosamente há três anos, essa temporada conseguiu alcançar um ótimo nível em termos de roteiro e personagens, em que a história não fica apenas no gênero herói e fantasia, mas também trafega em questões mais humanas, aproximando mais o público.
Um dos pontos altos que fez a temporada se movimentar do primeiro ao último episódio é a Matadora de Mundos, uma das melhores vilãs da série até agora. Reign provocou e desafiou Supergirl até o último instante, mostrando a heroína que somente os seus poderes e sua coragem não seriam suficientes para derrotar uma inimiga de alto porte. Reign fez Supergirl aprender a trabalhar em grupo e a pedir ajuda, especialmente para Mon-El e a Legião dos Heróis.
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Apesar de Reign ser a mais forte, ele não esteve sozinha na jornada para ‘limpar o mundo’. A série nos apresentou Epidemia e Pureza, completando o time de Matadoras de Mundo. Pra quem não conhece direito a história dos quadrinhos, achei que a série soube apresentar e trabalhar bem o trio de antagonistas, mostrando a origem, os poderes e as consequências. Confesso que das três, a que eu menos gostei foi a Epidemia por não ter um pingo de humanidade. Em compensação, a história desenvolveu bem o seu lado impiedoso de infectar as pessoas com um simples arranhão. Ela é um dos principais motivos pela vinda da Legião de Heróis à Terra no tempo presente, uma vez que seu poder matou a irmã de Imra.
Derrota de Reign
Depois de lutar muito, Supergirl encontra um meio de acabar com as duas primeiras Matadoras de Mundo, o que acabou custando a vida humana das pobres mulheres cujos corpos foram usados para esse mal. No entanto, Reign continuou firme e ainda mais forte, uma vez que absorveu os poderes de suas companheiras, tornando-se quase impossível de derrotá-la. Eu disse quase, pois novamente, Supergirl encontra um novo jeito de acabar com a vilã, custando a sua amizade com Lena e a quase ‘morte’ de Sam, que arrisca tudo para limpar a sua consciência e, é claro, salvar a filha, Ruby. O embate final de Supergirl e Reign foi bom e até assustou, pois acontece uma reviravolta que, graças ao anel de Mon-El, a heroína volta no tempo para impedir que o pior pudesse acontecer. Com os reparos feitos e a coisa certa a se fazer, Supergirl dá um fim à Reign, mandando-a de volta ao vale sombrio onde as almas (de pessoas que ela mesma matou) a sugam. Com o sumiço da vilã, Sam finalmente pode viver sua vida sem ter nenhum laço ou qualquer vestígio kriptoniano em seu sangue. Aliás, espero que a personagem continue na série e ganhe bons arcos, pois vale a pena mantê-la.
Legião dos Heróis
Outro grande momento da 3ª temporada foi o reencontro de Mon-El e Kara e a chegada da Legião de Heróis, grupo liderado pelo rapaz lá no futuro. Como disse, eles veem à Terra com o objetivo de derrotar as matadoras de mundo, uma vez que o futuro seria atingido caso elas ficassem livres. Imra, Mon-El e Brainy formam um trio funcional e prático, que ajuda bastante nossa Supergirl. Por mais que seja uma excelente heroína, ela não teria feito o que fez sem a ajuda deles.
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Uma coisa que deu um pouco de medo foi a personagem Imra (Moça de Saturno) ser usada apenas para servir de obstáculo no relacionamento de Kara e Mon-El. Isso acontece em parte, mas a série dosa bem o triângulo amoroso sem ficar chato, melancólico ou extremamente dramático. Queria ter visto Imra mais em ação, mas também ela não fica a desejar.
Kara e Mon-El
Uma coisa que eu realmente gostei nessa temporada é que finalmente Kara teve coragem de colocar para fora tudo o que sentia sobre o retorno de Mon-El, uma vez que ele volta casado já que se passaram anos desde sua partida de National City. No episódio em que o rapaz ensina Kara os movimentos a serem feitos com a capa, ela acaba dizendo tudo que estava preso em sua garganta. Mesmo que ela tenha ficado sob o efeito do poder marciano que domina a DOE naquele instante, cada palavra dita foi real e confirmada. Óbvio que Mon-El pede perdão e eles até tentam se reconciliar, mas o dever de herói fala mais alto, o que os separa de novo e definitivamente.
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Foi nesse intervalo que os telespectadores foram surpreendidos com a aparição da mãe de Kara. Todo esse tempo a gente achando que ela morreu, Alura Zor-El sobreviveu ao extermínio de Krypton, criando um novo mundo ao lado do marido: Argo. A série dá a desculpa de que Argo não tem comunicação nenhuma com a Terra e que Alura acreditou que Kara havia morrido ainda pequena. Mas, sinceramente? Achei meio forçado esse reencontro, pois por três anos tínhamos certeza de que toda a família havia morrido, exatamente como Kara havia achado, o que a fez nem cogitar a possibilidade de procurar por algum sobrevivente. Agora, Alura não procurar pela filha e se importar mais em construir um novo mundo? Pra mim não rolou. Só não ficou pior, pois o arco de Alura e Kara serviu para encontrar um meio para derrotar Reign, o que funciona bem dentro da história. Apenas isso.
Lena, a próxima vilã?
Com a chegada de Reign e o desespero em salvar a vida de Sam, Lena tenta ocultar alguns fatos que, infelizmente, caem nos ouvidos de Supergirl repentinamente, fazendo a heroína ficar com raiva por achar que Lena estava mentindo. Pra piorar, ela descobre que a amiga fabrica kryptonita, único elemento capaz de deter Reign temporariamente. No entanto, por ser letal à Supergirl, ela fica irredutível com as atitudes da empresária, colocando em dúvida qualquer coisa que faça. Com a quebra de confiança e a amizade tornando-se cada vez mais frágil, Lena se afasta de Supergirl, mantendo apenas o contato profissional. Pra complicar ainda mais, ela fica com um pedaço de Harun-El, a pedra que ajuda a derrotar Reign, a mesma que faz o planeta Argo funcionar. A pergunta é: porque ela ficou com o elemento e o que pretende fazer? Será que Lena abraçará o sobrenome Luthor e terá as mesmas atitudes que seu irmão? Só nos resta aguardar a próxima temporada para descobrir.
Nova Kara?
A última cena da season finale dessa temporada pode ter gerado alguns questionamentos, afinal, uma nova Kara surgiu na Sibéria. Como isso aconteceu? Após ter voltado no tempo para salvar todos e derrotar Reign, Supergirl deve ter ativado alguma coisa que fez com que uma sósia sua aparecesse em outra parte do mundo. Quem não conhece os quadrinhos (como é o meu caso) talvez tenha achado esse final estranho. Mas quem está por dentro das histórias, vai entender que há possibilidade da série se inspirar no icônico quadrinho da DC, intitulado Red Son, que conta sobre a história de origem alternativa do Superman. Será que a ideia é contar uma história diferente de Kara, caso ela tivesse tomado um rumo diferente desde o primeiro episódio?
Nova era na DOE
Com o fim das matadoras de mundo e a partida da Legião de Heróis, a DOE passa por uma transformação, e isso inclui uma nova direção. Com a morte do pai, J’onn J’onzz decide se aposentar e seguir uma nova jornada, mas sem virar as costas completamente à sua família, apenas ter mais tempo para si mesmo. Assim, Alex torna-se a nova diretora da DOE, que não é apenas uma promoção, mas também a chance de arriscar menos a sua vida e focar mais nas questões pessoais. Alex quer ser mãe e, agora, chegou a hora dela ir atrás de realizar o seu sonho. Esse é outro ponto importante da série, pois a trama consegue sair um pouco do mundo da fantasia e ficção, buscando assuntos mais rotineiros e humanos, como relacionamentos, maternidade, casamento e amizade. Espero que Alex consiga alcançar o que tanto quer. Será que vamos ter um bebê na próxima temporada?
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Jimmy Olsen também abre um novo caminho para os heróis ao revelar a identidade de O Guardião. Agora resta saber se ele será bem aceito ou não em National City e se isso vai influenciar drasticamente na rotina da CatCo.
O adeus de Mon-El e Winn
Infelizmente teremos duas baixas na série. No próximo ano, não teremos mais Winn e Mon-El. O ator Chris Wood assinou o contrato de apenas dois anos, enquanto Jeremy Jordan não fará mais parte do elenco regular de Supergirl. Então, quais foram os destinos dos personagens? Uma vez que o futuro precisa de seus líderes para guiar e proteger, a Legião dos Heróis precisa voltar para casa. No entanto, com o fim da Epidemia, um novo vilão surge impedindo Brainy (Jesse Rath) de retornar ao seu posto. Assim, ele troca de lugar com Winn, já que o rapaz é responsável por criar uma excelente arma de proteção que fará muito sucesso mais pra frente. Por ser líder, Mon-El precisa retomar e, assim, ele se despede de Kara e volta para casa ao lado de Imra e Winn. Por enquanto, Supergirl se despede dos personagens, mas isso não quer dizer que eles nunca mais irão retornar, pois há sempre uma possibilidade.
Considerações finais
A 3ª temporada de Supergirl é bem superior em comparação às duas primeiras temporadas, trazendo bons arcos à série, um tom dramático que atinge positivamente o público, uma vilã que desafia a protagonista por muitos episódios e novos caminhos aos personagens, dentro e fora de National City. Uma nova jornada nos espera e torço para que a 4ª temporada seja igual ou ainda melhor.
Supergirl retorna com novos episódios no dia 14 de outubro.