A convite da Diamond Films, o Pipoca na Madrugada conferiu em primeira mão a comédia Perfeita É a Mãe (Bad Moms), dirigido por John Lucas e Scott Moore e estrelado pela atriz Mila Kunis. Bem divertida, leve e com alguns pontos clichês, a trama é ambientada no mundo da maternidade, em que as mamães dedicam todo o seu tempo não só para a casa e o marido, mas também para dar o melhor aos seus filhos. Aqui, a história é focada em três mães que, cansadas dos excessos de responsabilidades, seu unem para mudar um pouco a rotina. Kunis é Amy Mitchell, uma mulher trabalhadora e dedicada tanto na área profissional quanto na maternal. Kiki (Kristen Bell) é uma mãe solitária, tímida e recatada que fica a dispor dos filhos 24 horas e não recebe nenhuma ajuda do marido. Já Carla (Kathryn Hahn) é uma mãe solteira, espalhafatosa e bem relaxada com o filho que já está na fase da adolescência. Mesmo com perfis totalmente diferentes, juntas, as três embarcam em programas ousados, além de decretar guerra contra as mães perfeitas. Com isso, elas iniciam uma batalha com Gwendolyn (Christina Applegate), líder da Associação de Pais e Mestres da escola, e suas súditas Vicky (Annie Mumolo) e Stacy (Jada Pinkett Smith).
A nova comédia não tem nada de surpreendente, mas quem está querendo assistir algo divertido, esta é uma ótima opção. Como disso lá no começo do texto, há cenas clichês, mas que são boas e fazem todo sentido na história. Além disso, há outras cenas que são bem escrachadas, como quando as três personagens vão ao supermercado, para mostrar que podem fazer o que quiser e quando quiser; e a festa na casa de Amy, onde as mulheres se libertam e mostram que são muito mais do que mães, donas de casa, esposas e trabalhadoras.
Mesmo com perfis bem distintos, as três personagens possuem uma química muito boa, além de uma completar a outra. Mila Kunis interpreta uma personagem faz-tudo: se entrega de corpo e alma ao trabalho, é uma mãe atrapalhada, dedicada e zelosa, sempre colocando o bem estar dos filhos em primeiro lugar. Kathryn Hahn interpreta uma mãe bem loucona, mas no decorrer do filme, a gente percebe o quanto ela aprende com Amy. Já Kristen Bell mostra uma mãe que só tem tempo para os filhos e nunca para ela, tornando-se bem solitária. Além disso, o marido nunca a ajuda, um fator que incomoda bastante quem está assistindo. Com as novas amigas, Kiki aprende a se impor mais e a delegar as tarefas que podem e devem ser divididas com o parceiro.
Claro que, para aumentar o drama, é preciso enfrentar uma arqui-inimiga que, no caso, é Gwendolyn. A personagem é o exemplo da mãe perfeita, aquela que exige o melhor para os seus filhos e para os outros. Mas, no fundo, a gente sabe que ninguém é perfeito e, no decorrer do filme, a máscara de Gwendolyn cai ao ter que lidar com a ousadia e novo modo de viver de Amy.
Além de proporcionar boas risadas, a comédia traz uma mensagem bem legal sobre maternidade: nenhuma mãe é perfeita. Por mais que ela dê o seu melhor e faça o que estiver ao seu alcance para cuidar e agradar os filhos, ela vai errar e isso é totalmente compreensível. Depois que a mulher tem um filho, sua vida muda completamente, mas ela ainda tem o direito de fazer escolhas que possam equilibrar a rotina, sem sentir sufocada ou simplesmente se esquecer dela mesma. Isso sem contar que a ajuda do marido/parceiro é fundamental.
Perfeita É a Mãe é boa, divertida e clichê, que traz uma mensagem legal para as mamães e futuras mamães. Ao final do filme, há depoimentos engraçados e fofos das mães das atrizes. Ficou bem legal! A comédia estreia hoje nos cinemas e vale a pena conferir.
Ficha Técnica
Perfeita É a Mãe
Direção: Jon Lucas e Scott Moore
Elenco: Mila Kunis, Kristen Bell, Kathryn Hahn, Christina Applegate, Jada Pinkett Smith, Annie Mumolo, Jay Hernandez, Emjay Anthony, Oona Laurence e Lyle Brocato.
Duração: 1h38min
Nota: 7,9