Apes. Together. Strong. Planeta dos Macacos: A Guerra chega para finalizar a trilogia Planeta dos Macacos, sob a direção de Matt Reeves. Na trama, humanos e macacos cruzam o caminho novamente. César (Andy Serkis) e seu grupo são forçados a entrar em uma guerra contra um exército de soldados liderado por um impiedoso coronel (Woody Harrelson). Após vários macacos perderem suas vidas nesse conflito, César luta contra seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo.
Planeta dos Macacos: A Guerra chega como um blockbuster diferente dos demais: tem menos ação, é mais metafórico, silencioso e contemplativo. O filme não é só uma guerra em sua forma literal, e sim, a consequência do que vimos no filme de 2014 (O Confronto). Homem e macaco entram em conflito novamente, testando a força e colocando em jogo as emoções e a inteligência. Muitas das cenas questionam até que ponto se vai a empatia pelo outro. Aliás, se é que a empatia e compaixão existem. E são os atos tantos dos homens quanto dos macacos que trazem essas respostas e fazem o público refletir sobre a história. Como exemplo, temos a garotinha muda, Nova (Amiah Miller), que é “adotada” pelo orangotango Maurice (Karin Konoval). A delicadeza desse encontro em meio a um clima violento prova que a empatia, o amor e a beleza ainda estão ali em suas pequenas formas.
Neste terceiro longa, César está mais calejado e o sentimento de vingança o cega por vários momentos a ponto de colocar o grupo de símios no miolo da guerra. Mesmo assim, o público torce o tempo todo para o personagem e seu grupo, uma vez que afirmam ser mais humanos que o próprio homem. Prova disso é o Coronel, papel de Woody Harrelson, um militar frio e impiedoso que não pensa duas vezes em extinguir os macacos da face da Terra. Por mais que o personagem exponha suas justificativas a respeito de suas atitudes, as chances de simpatizar com ele são mínimas.
Em meio ao embate, o filme traz um alívio cômico que fica sob a responsabilidade do Macaco Mau (Bad Ape), interpretado por Steve Zahn. Após fugir de um zoológico, ele vive passa a viver isolado em uma cabana até conhecer César. A partir daí, ele segue e ajuda o grupo, rendendo momentos engraçados em um timing perfeito, já que ele se comporta como humano, devido ao longo período de convívio em seu antigo habitat.
Como disse anteriormente, Planeta dos Macacos: A Guerra chega mais intimista, silenciosa e reflexiva. Talvez alguns se sintam decepcionados, uma vez que esperam por uma guerra mais estrondosa entre humano e macaco. Mas o título ‘a guerra’ é mais do que um embate, é um conflito interno que se passa em cada personagem. Confesso que esperei por mais ação e um confronto mais violento entre César e o Coronel, mas nem por isso me decepcionei. Saí da sessão plenamente satisfeita e até emocionada.
Considerações finais
Planeta dos Macacos: A Guerra começa sem muitas expectativas e termina de um jeito grandioso e satisfatório. É um blockbuster mais conflitante, contemplativo, metafórico e reflexivo. Pode ser que alguns não gostem devido ao número reduzido das cenas de ação. Mas não se deixe levar por isso. O final da jornada de César vai deixar muitos emocionados, assim como eu fiquei. Aliás, será que este vai ser mesmo o ponto final de Planeta dos Macacos? Vamos aguardar.
E aí, o que acharam do filme? Deixem nos comentários!
Ficha Técnica
Planeta dos Macacos: A Guerra
Direção: Matt Reeves
Elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Amiah Miller, Steve Zahn, Karin Konoval, Terry Notary, Judy Greer, Michael Adamthwaite, Aleks Paunovic, Devyn Dalton e Sara Canning.
Duração: 2h20min
Nota: 8,0