O Oscar deu o que falar novamente em 2017 com o musical La La Land – Cantando Estações, que recebeu 14 indicações, maior número visto desde Titanic e A Malvada. Além deste, outros filmes como A Chegada e Moonlight também se destacaram na lista, com oito indicações respectivamente. Mas, você sabia que há outros filmes que também já receberam um número alto de indicações e, alguns, quase levaram todos os prêmios? A lista é grande, por isso, o Pipoca na Madrugada separou nove filmes que mais receberam indicações ao Oscar. Vale a pena conferir e também assistir essas produções fantásticas, afinal não foi à toa que eles foram indicados para a maior premiação do cinema hollywoodiano!
Mary Poppins (1964)
Como não se apaixonar por Mary Poppins? A produção de 1964 se passa em Londres (1910) e conta a história de George Banks (David Tomlinson), um banqueiro que faz um anúncio em um jornal pedindo uma babá, após os seus filhos Michael (Matthew Garber) e Jane (Karen Dotrice), mais uma vez, sumirem, além de fazerem a antiga babá pedir demissão. Tentando controlar a situação, Winifred (Glynis Johns), esposa de George, faz de tudo para acalmar o marido, porém sua cabeça está voltada para a defesa dos direitos da mulher. As crianças também escrevem um anúncio pedindo uma babá. Muito diferente do que o pai solicitou. Porém, ao lê-lo, ele rasga o papel por achar aquilo fantasioso demais. Milagrosamente, aqueles pedaços voam até uma nuvem próxima, onde está uma pessoa especial: Mary Poppins (Julie Andrews). No dia seguinte, muitas candidatas aparecem para a vaga, mas uma ventania as sopram dali misteriosamente. Assim, Mary Poppins surge na casa dos Banks, usando o seu famoso guarda-chuva mágico. Ela conhece Mr. Banks e concorda em ajuda os pais com as crianças. Assim, o casal fica fascinado com Poppins, pois ela é a babá que eles sempre sonharam.
13 indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, melhor roteiro adaptado, melhores efeitos visuais, melhor edição, melhor canção original, melhor trilha sonora original, melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor figurino, melhor som e melhor trilha sonora adaptada.
Cinco prêmios: melhor atriz (Julie Andrews), melhores efeitos visuais, melhor edição, melhor canção original e melhor trilha sonora original.
O sucesso é tanto que o filme ganhará uma nova versão em 2018: Mary Poppins Returns. O filme será dirigido por Rob Marshall e protagonizado pela atriz Emily Blunt (A Garota no Trem e O Diabo Veste Prada).
Chicago (2002)
Quem aí já assistiu Chicago e não se viciou na canção “Cell Block Tango”? A cena é simplesmente demais! Dá vontade de dançar junto! Na trama, Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) é uma famosa dançarina e a principal atração da boate onde trabalha. Após assassinar seu marido, Velma entra para a lista de assassinas de Chicago, controlada por Billy Flynn (Richard Gere), um advogado que adora aproveitar ao máximo da situação. No entanto, o assassinato faz a fama de Velma subir ainda mais, tornando-a uma verdadeira celebridade. Enquanto isso, a cantora iniciante Roxie Hart (Renée Zellweger) sonha com o glamour e a fama, até que ela mata o namorado após uma briga. Ciente do crime, Billy adia ao máximo o julgamento de Velma para poder explorar os dois assassinatos nos jornais. Assim, Roxie também se torna famosa pelo crime que cometeu e compete com Velma pelo posto de maior celebridade do meio artístico.
12 indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor roteiro adaptado, melhor edição, melhor figurino, melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor mixagem de som e melhor canção original.
Seis prêmios: melhor filme, melhor atriz coadjuvante (Catherine Zeta-Jones), melhor edição, melhor figurino, melhor direção de arte e melhor mixagem de som.
O Curioso Caso de Benjamin Button (2008)
Lembro que sai da sala do cinema extremamente emocionada e extasiada com o filme. Não tem como não gostar de O Curioso Caso de Benjamin Button, especialmente com a mensagem final que o filme traz. A trama se passa em 1918, na cidade de Nova Orleans. Benjamin Button (Brad Pitt) nasceu de forma incomum, com a aparência e as doenças de um homem com 80 anos, mesmo sendo um recém-nascido. Ao invés de envelhecer, Benjamin rejuvenesce com o passar dos anos. Ainda criança, ele conhece Daisy (Cate Blanchett), da mesma idade que ele, por quem se apaixona. No entanto, ele precisa esperar que Daisy cresça e torne uma mulher, enquanto Button fica mais jovem para que, assim, quando tiverem idades parecidas, possam ficar juntos. Se você ainda não assistiu, aproveite que o filme está no catálogo da Netflix.
13 indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor atriz coadjuvante, melhor trilha sonora, melhor fotografia, melhor figurino, melhor edição, melhor som, melhor roteiro adaptado, melhores efeitos visuais, melhor direção de arte e melhor maquiagem.
Três prêmios: melhores efeitos visuais (Eric Barba, Steve Preeg, Burt Dalton e Craig Barron), melhor direção de arte (Donald Graham Burt e Victor J. Zolfo) e melhor maquiagem (Greg Cannom).
Ben-Hur (1959)
Ben-Hur foi um dos primeiros filmes a levar o maior número de estatuetas para casa. Apenas os filmes Titanic e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei conseguiram igualar esse grande feito. Dirigido por William Wyler, a história se passa em Jerusalém, no início do século I, onde vive Judah Ben-Hur (Charles Heston), um rico mercador europeu. Com o retorno de Messala (Stephan Boyd), um amigo da juventude que, agora, é o chefe das legiões romanas na cidade, um desentendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-Hur a viver como escravo em um navio romano, mesmo sabendo da inocência do amigo. Mesmo preso à escravidão há anos, o destino dará a Ben-Hur a oportunidade de elaborar uma vingança que ninguém poderia imaginar.
12 indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor figurino, melhores efeitos especiais, melhor edição, melhor música e melhor gravação de som.
11 prêmios: melhor filme, melhor diretor (William Wyler), melhor ator (Charles Heston), melhor ator coadjuvante (Hugh Griffith), melhor direção de arte (Edward C. Carfagno, William A. Horning e Hugh Hunt), melhor fotografia (Robert L. Surtees), melhor figurino a cores (Elizabeth Haffenden), melhores efeitos especiais (A. Arnold Gillespie, Milo B. Lory e Robert MacDonald), melhor montagem, melhor som (Franklin Milton e Departamento de Som da MGM) e melhor trilha sonora (Miklós Rózsa).
Em 2016, a trama ganhou uma refilmagem dirigida por Timur Bekmambetov e estrelada pelos atores Jack Huston (Judah Ben-Hur), Toby Kebbell (Messala) e Rodrigo Santoro (Jesus). Infelizmente, o novo filme foi mal nas bilheterias arrecadando apenas US$ 24,8 milhões nos EUA e US$ 29,4 no resto do mundo, enquanto que sua produção teve um custo de US$ 100 milhões (sem os gastos em marketing).
A Invenção de Hugo Cabret (2011)
Em 2012, Martin Scorsese marcou presença no Oscar com A Invenção de Hugo Cabret, sendo indicado em 11 categorias. A trama que se passa em Paris, nos anos 30, vai contar a história de Hugo Cabret (Asa Butterfield), um órfão que vive escondido nas paredes da estação de trem. Ele guarda consigo um robô quebrado, deixado por seu pai (Jude Law). Um dia, ao fugir do inspetor (Sacha Baron Cohen), ele conhece Isabelle (Chloe Moretz), uma jovem com quem faz amizade. Logo, Hugo descobre que ela tem uma chave com o fecho em forma de coração, exatamente do mesmo tamanho da fechadura que o robô tem. Assim, o robô volta a funcionar, levando a dupla a resolver um mistério mágico. A Invenção de Hugo Cabret está no catálogo da Netflix. Se você ainda não assistiu, está aí a sua chance!
11 indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhores efeitos visuais, melhor edição, melhor figurino, melhor fotografia, melhor direção de arte, melhor mixagem de som, melhor edição de som e melhor trilha sonora
Cinco prêmios: melhores efeitos visuais (Robert Legato, Joss Williams, Ben Grossmann e Alex Henning), melhor fotografia (Robert Richardson), melhor direção de arte (Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo), melhor mixagem de som (Tom Fleischman e John Midgley) e melhor edição de som (Philip Stockton e Eugene Gearty).
O Exorcista (1973)
Quem disse que filme de terror não é indicado ao Oscar? Não é só indicado como também leva prêmio! Mas também não é qualquer terrorzinho não e, sim, O Exorcista, de 1973. Baseado na obra de William Peter Blatty e dirigido por William Friedkin, a trama aborda a possessão demoníaca de uma garota de 12 anos. Assustada, a mãe da pequena Regan MacNeil (Linda Blair) pede ajuda ao padre Karras (Jason Miller) que chega a conclusão de que a garota está possuída. Assim, ele solicita a ajuda do sacerdote Merrin (Max von Sydow), especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina deste terrível mal que tomou conta de seu corpo. O Exorcista é um dos filmes do gênero terror mais lucrativos de todos os tempos, arrecadando por volta de US$442 milhões no mundo todo.
Dez indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor roteiro adaptado, melhor edição, melhor som, melhor fotografia e melhor direção de arte.
Dois prêmios: melhor roteiro adaptado (William Peter Blatty) e melhor som.
Star Wars IV: Uma Nova Esperança (1977)
Com o sucesso dos filmes Star Wars: O Despertar da Força, Rogue One: Uma História Star Wars e o lançamento de Star Wars: Os Últimos Jedi, previsto para dezembro deste ano, porque não relembrar que o primeiro filme da franquia foi indicado ao Oscar em 10 categorias? O filme levou seis prêmios, além de um prêmio especial. Acho que quase todo mundo já sabe sobre a trama dirigida por George Lucas e estrelada por Harrison Ford (Han Solo), Mark Hamill (Luke Skywalker), Carrie Fisher (Princesa Leia), Alec Guiness (Obi Wan Kenobi), David Prowse (Darth Vader), Anthony Daniels (C-3PO), Kenny Baker (R2-D2) e Peter Mayhew (Chewbacca). O sucesso é tanto que o filme, até hoje, é aclamado pela crítica e pelos fãs, marcando 93% de opiniões positivas no site Rotten Tomatoes. Você pode assistir aos seis primeiros filmes da franquia na Netflix.
Dez indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor ator coadjuvante, melhor roteiro original, melhor trilha sonora, melhor som, melhor direção de arte, melhor figurino, melhor edição e melhores efeitos visuais.
Seis prêmios: melhor trilha sonora (John Williams), melhor som (Don MacDougall, Ray West, Bob Minkler e Derek Bal), melhor direção de arte (John Barry, Norman Reynolds, Leslie Dilley e Roger Christian), melhor figurino (John Mollo), melhor edição (Richard Chew, Paul Hirsch e Marcia Lucas) e melhores efeitos visuais (John Stears, John Dykstra, Richard Edlund, Grant McCune e Robert Blalack)
Prêmio Especial: melhor edição de som (Ben Burtt)
Quem Quer Ser um Milionário (2008)
O filme dirigido por Danny Boyle foi um sucesso em 2008 e ganhou os holofotes do Oscar, em 2009, com dez indicações e oito prêmios. O filme conta a história de Jamal K. Malik (Dev Patel), um jovem que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing. A infância foi a época mais difícil de sua vida, tendo que fugir da violência para conseguir chegar ao emprego atual. Um dia, ele se inscreve para participar do popular programa de TV “Quem Quer Ser Um Milionário?” e, desacreditado, ele encontra nos fatos de sua vida as respostas para as perguntas feitas durante as rodadas.
Dez indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor edição, melhor trilha sonora original, melhor canção original, melhor mixagem de som, melhor canção e melhor edição de som.
Oito prêmios: melhor filme, melhor diretor (Danny Boyle), melhor roteiro adaptado (Simon Beaufoy), melhor fotografia (Anthony Dod Mantle), melhor edição (Chris Dickens), melhor trilha sonora original (A.R.Rahman), melhor canção original (A.R Rahman e Gulzar por “Jai Ho”) e melhor mixagem de som (Resul Pookutty, Richard Pryke e Ian Tapp).
O Paciente Inglês (1996)
Dirigido por Anthony Minghella, O Paciente Inglês se passa no final da Segunda Guerra Mundial e conta a história de um desconhecido (Ralph Fiennes) que teve queimaduras generalizadas quando seu avião foi abatido. Ele é conhecido apenas como o paciente inglês que acaba recebendo os cuidados de uma enfermeira canadense (Juliette Binoche). Aos poucos, ele começa a narrar o grande envolvimento que teve com a mulher (Kristin Scott Thomas) do seu melhor amigo (Colin Firth) e de como este amor foi fortemente correspondido. Mas, da mesma forma que determinadas lembranças surgem em sua cabeça, outros detalhes parecem não vir a mente, como se ele quisesse que tais fatos continuassem enterrados e esquecidos.
12 indicações ao Oscar: melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, melhor roteiro adaptado, melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor figurino, melhor edição, melhor trilha sonora, melhor mixagem de som.
Nove prêmios: melhor filme, melhor diretor (Anthony Minghella), melhor atriz coadjuvante (Juliette Binoche), melhor direção de arte (Stuart Craig e Stephanie McMillan), melhor fotografia (John Seale), melhor figurino (Ann Roth), melhor edição (Walter Murch), melhor trilha sonora (Gabriel Yared) e melhor mixagem de som (Walter Murch, Mark Berger, David Parker e Christopher Newman).