Freaky - No Corpo de um Assassino - crítica

E se você trocasse de corpo com alguém? E se esse alguém fosse um assassino? Mais direta, impossível, pois Freaky – No Corpo de um Assassino vai retratar exatamente isso. É uma Sexta-Feira Muito Louca versão slasher, com muitas cenas clichês de terror, sangue e humor ácido que agradam neste gênero. A Blumhouse é líder em produzir filmes neste estilo e, novamente, acerta na trama e, principalmente, na escolha do elenco. Confira a crítica em texto ou vídeo.

Com direção de Christopher Landon, Freaky – No Corpo de um Assassino acompanha Millie, uma adolescente bem tímida que vive com a mãe e a irmã mais velha, Charlene, que é policial da cidade. Com a morte do pai, Millie fica ainda mais retraída e tenta agradar a todos, deixando seus sonhos em último lugar. Mas sua vida muda em 24 horas quando um serial killer está à solta e inicia uma carnificina na cidade.

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Ao se tornar o mais novo alvo do carniceiro, Millie é atingida com uma faca ‘especial’, que faz com que ela e o assassino troquem de corpos em um ritual místico sob a lua cheia. Agora, ela tem apenas 24 horas para recuperar seu corpo. O único problema é que agora ela parece fisicamente com o assassino, que é alvo de uma caçada em toda a cidade, enquanto ele se parece com uma adolescente de 17 anos, prestes a ir à um baile de formatura.

Freaky-2 Crítica: Freaky – No Corpo de um Assassino

Freaky – No Corpo de um Assassino inicia com o que há de melhor no clichê de terror: quatro adolescentes reunidos em casa, a isca perfeita para o assassino. Dito e feito: na mansão, o serial killer não só faz uma bela matança, como se apodera do objeto místico que fará a mudança de corpo com a próxima vítima.

Um ponto importante é que o filme é recheado de momentos clichês e previsíveis, por isso, é interessante não se incomodar com isso, uma vez que o ponto alto da trama são as atuações peculiares dos protagonistas. Além disso, o roteiro deixa claro como a mudança de corpos acontece, como o objeto atua durante esse ritual e o que é necessário fazer para que as coisas voltem ao normal, seguindo todas as regras místicas.

Como disse, apesar do cenário e toda atmosfera clichê do horror, a cereja do bolo está no elenco e nas atuações. A atriz Kathryn Newton interpreta uma Millie recatada, introspectiva, com trejeitos minimalistas de uma garota extremamente tímida e que, infelizmente, sofre bullying na escola. Com o luto rodeando a família, a garota se fecha ainda mais e tenta agradar a todos ao redor, deixando seus sonhos e suas vontades em segundo plano.

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Todos esses trejeitos da personagem são transferidos para atuação de Vince Vaughn, que está sensacional no papel de um assassino enorme, assustador, carrancudo, um homem de poucas palavras na boca e mais sangue nas mãos. E tais características mórbidas são transferidas para a atuação de Newton, que fica muito bem como uma assassina na pele de uma adolescente aparentemente doce.

Freaky-3 Crítica: Freaky – No Corpo de um Assassino

Tais inversões dos papéis são peculiares, engraçadas, deixando o terror mais cômico e mórbido em certos momentos. Além disso, os personagens coadjuvantes são um ótimo complemento na trama, como os melhores amigos da Millie – a Nyla (Celeste O’Connor) e o Josh (Misha Osherovich) – que dão um frescor na história, além de render cenas engraçadas, especialmente pela parte do Josh; a mãe e a irmã da Millie também estão bem e rendem cenas divertidas, principalmente quando a Millie já está no corpo do assassino.

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Claro que, por se tratar de um terror slasher, Freaky – No Corpo de um Assassino tem cenas sangrentas, explícitas e bem feitas que fazem jus ao gore proposto pelo filme. Aliás, as mortes são bem pontuais e os personagens que morrem despertam certo sentimento de prazer e satisfação no público, uma vez que são personagens antipáticos, horríveis, prepotentes e nojentos nas atitudes.

Considerações finais

A reta final do filme é marcada por uma sequência inesperada, uma vez que a narrativa dá a entender que está chegando ao fim, porém, o público se surpreende com uma reviravolta interessante que, por fim, encerra a história de um jeito positivo.

Freaky – No Corpo de um Assassino é uma versão slasher de Sexta-Feira Muito Louca, recheado de momentos clichês, mas que se engradece com as boas e peculiares atuações de Vince Vaughn e Kathryn Newton, bons personagens coadjuvantes, cenas gore na medida certa e um desfecho bom e satisfatório. É o tipo de filme para assistir nas horas vagas e se divertir com o bom e velho terror previsível e legal.