Crítica: A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura

Se duas Vanessa Hudgens foram boas, será que três é melhor ainda? A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura (The Princess Switch: Switched Again) é mais nova produção da Netflix e sequência do longa de 2018 que agradou e conquistou o público que adora filmes natalinos. Será que desta vez vai agradar também? Confira a crítica em texto ou em vídeo.

******CONTÊM SPOILERS******

A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura inicia meses após os eventos finais do primeiro filme, indicando os rumos de cada personagem. Assim, o espectador descobre que Stacy está casada com o príncipe Edward (Sam Palladio) e, agora, tornou-se a mais nova princesa de Belgravia e, para honrar este posto, a confeiteira trabalha bastante com instituições, mas sem deixar lado a paixão pela confeitaria, fazendo competições na cidade.

Do outro lado temos a duquesa Margaret, que se encontra em uma grande situação da qual não pode desistir: com a morte do rei e a renúncia de seu primo, Margaret herda o trono de Montenaro e irá se tornar rainha no dia do Natal. Mas isso acaba afetando o seu relacionamento com Kevin (Nick Sagar) e, infelizmente, eles separam por conta das diferenças, das decisões e dos desejos de cada um.

Crítica: A Princesa e a Plebeia

Com isso, Stacy decide ajudar a amiga e, junto com Edward, eles viajam para Montenaro para acompanhar a cerimônia da coroação. Junto, eles levam Kevin e a filha Olivia para, assim, reacender a chama da paixão dos dois e, quem sabe, reatar a relação que foi interrompida de forma brusca.

Mas, o que seria um romance se não fosse os obstáculos para enfrentar e temperar a situação? Com a coroação e a reaproximação de Kevin, Margaret ainda precisa lidar com Antonio (Lachlan Nieboer), que faz parte do conselho do reino, e que quer roubar o coração da duquesa; e, é claro, lidar com a chegada da prima Fiona que, por sinal, apresenta uma semelhança física fortíssima, e está com segundas intenções com a prima.

Se no primeiro filme conhecemos cada protagonista, as personalidades, os objetivos e as realizações, o segundo filme parte do ponto que já conhecemos os personagens e, agora, dá a chance de iniciar uma nova aventura, novas situações, além de explorar a terceira personagem que chega para causar.

Na crítica do primeiro filme, havia dito que a história não tinha explorando tanto a relação de Margaret e Kevin, no entanto, este é um dos focos da sequência que, por sinal, funciona e ganha mais detalhes. Já Stacy e Edward, que no primeiro filme ganha um espaço maior, aqui a trama dos dois ainda repercute e é positiva, uma vez que a história explora o casamento e como isso é afetado com o fato da Stacy se tornar uma princesa e lidar com este novo estilo de vida, mas o plot dos personagens é mais amenizado, se comparado ao primeiro filme. No entanto, isso não prejudica a trama.

A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura também apresenta uma trama simples, previsível e clichê, com uma vilã mais cômica desta vez, cujo roteiro também ganha um desenvolvimento bom e leve.

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A cereja do bolo aqui vai para atuação em dose tripla da atriz Vanessa Hudgens, que entrega três personagens iguais, com personalidades, manias e sotaques distintos. Como já conhecemos Stacy e Margaret, agora é a vez de conhecer Fiona, que é o ponto alto da trama e que chacoalha toda a história, trazendo caos na vida dos demais personagens.

Vanessa Hudgens entrega uma personagem muito mais caricata desta vez. Fiona é prima de Margaret, que vive e respira a riqueza e não dispensa a vida de luxo que leva. Ela é mais extravagante no figurino e tem um sotaque mais carregado, além de entregar uma personalidade mais estereotipada e divertida, com direito a frases e apelidos engraçados (ela chama a Margaret de Maggie Moo).

Fiona é o ponto alto da trama, uma vez que ela é uma grande golpista e, junto com sua dupla de ajudantes, ela planeja dar um grande golpe na Margaret ao se passar pela prima. É aqui que temos a troca em dose tripla na trama, uma vez que Margaret e Stacy planejam trocar de lugar novamente para resolver seus problemas, mas ganha a interferência de Fiona, que dá chacoalhada em tudo.

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É com esta troca que A Princesa e a Plebeia ganha plots twists e reviravoltas divertidas, mas um pouco previsíveis, mas ainda assim, a trama não perde o ar da graça.

Considerações finais

Com as trocas de lugar e, finalmente, a descoberta das intenções de Fiona, Margaret dá uma boa punição na prima, enquanto Stacy retorna ao posto de princesa e se acerta novamente com Edward. Já Kevin e Margaret ganham uma nova chance, com direito a um casamento instantâneo no aeroporto. Muito clichê, mas divertido.

É na reta final que temos o melhor crossover natalino que a Netflix nos proporciona. Durante a coroação de Margaret, o filme conta com a participação especial do casal de protagonistas da trilogia O Príncipe do Natal, o que nos dá a entender que os filmes se passam no mesmo universo.

Com Margaret como a nova rainha de Montenaro, casada com Kevin, enquanto Stacy e Edward seguem reinando em Belgravia, espera-se que o terceiro filme mostre a dupla com os herdeiros a caminho, quem sabe? Além disso, podemos esperar um novo crossover com os personagens de O Príncipe do Natal também. E sim, o terceiro filme de A Princesa e a Plebeia já está confirmado, com estreia prevista para 2021.

A Princesa e a Plebeia: Nova Aventura traz novas jornadas para todos os personagens, com maior destaque para Margaret e Kevin. No entanto, o filme ganha reviravoltas divertidas graças à terceira sósia, que chacoalha vida de todos. A sequência apresenta uma trama legal e clichê, que diverte novamente. No entanto, o primeiro filme melhor, mas ainda vale a pena conferir o segundo e acompanhar esta trama que agradou ao público em 2018. Filmes de natal nunca é demais, não é mesmo?