Depois de 12 anos acompanhando as doideras de Charlie e Alan Harper, as piadas sem graça e burrices de Jake, os sarcasmos de Berta e as boas-vindas a Walden Schimdt, damos adeus a Two and a Half Men, uma das séries mais consagradas de Chuck Lorre.
Após a saída do ator Charlie Sheen, a série sofreu bastante, muitas pessoas deixaram até de acompanhar, mas confesso que gostei de ver Ashton Kutcher no papel de Walden Schimdt. A química entre ele e Jon Cryer deu muito certo, apesar de que, algumas vezes, o personagem Alan Harper levou vários episódios das últimas temporadas nas costas.
Para encerrar a história, o autor indagou a seguinte questão: afinal, Charlie Harper está vivo ou não? Os dois últimos episódios foram focados nesse arco, em que Walden e Alan foram perseguidos por meio de ameaças e presentes estranhos. A verdade vem à tona quando Rose (Melanie Lynskey) diz que manteve Charlie encarcerado em um poço este tempo todo. E agora, com ele solto, sua última vontade era se vingar de todos. Quer dizer, quase todos. Depois de descobrir que o irmão ia receber 2,5 milhões de dólares pelos direitos autorais de seus famosos jingles infantis, Alan faz de tudo para receber esse dinheiro, porém o cheque é depositado em uma conta nas Ilhas Cayman.
Misteriosamente, todos os personagens que participaram da série receberam um cheque, como uma forma de “desculpas”. Com medo de algo que pudesse acontecer, Alan e Walden procuram a polícia para fazer uma queixa. Aqui, temos a participação do ator Arnold Schwarzenegger, o que eu achei fantástico. Depois de um tempo, o delegado avisa aos rapazes que prendeu Charlie, mas sabemos que isso não é verdade. Ao chegar à porta de sua antiga casa, o autor dá a entender que ele está vivo, mas por pouco tempo, já que um piano cai em sua cabeça. “I won”, diz Chuck Lorre e, logo em seguida, outro piano cai na cabeça do criador da série.
Sinceramente, achei a series finale estranha, mas com várias cenas engraçadas. Acho que não caberia outro final a não ser Walden e Alan ficarem juntos, apesar de cada um ter suas respectivas namoradas Mrs. McMartin e Lindsey. Muitos, inclusive eu, pensaram que Charlie Sheen fosse participar do último episódio, mas o ator recusou, pois não gostou do final do seu personagem. Para não passar em branco, o autor decidiu colocar um dublê de costas na última cena e preparou uma mini animação para contar o que de fato aconteceu com Charlie e Rose em Paris. Não posso negar, a animação ficou bem engraçada!
O mais legal de tudo foi rever todos os personagens que apareceram ao longo desses 12 anos: as namoradas de Charlie, Alan e Walden, a participação final de Jake (Angus T. Jones), Evelyn (Holland Taylor), Jenny (Amber Tamblyn), e, claro, Arnold Schwarzenegger e John Stamos no papel de namorado da ex-mulher de Walden, Uma pena o pequeno Louis não aparecer no último episódio e não entendi o porquê eles não o colocaram.
Poderia ter sido um final melhor? Poderia, principalmente se Charlie Sheen tivesse participado. Mas, é o que teve. Two and a Half Men, sem dúvidas, foi e ainda é uma das maiores séries de sucesso. Acredito que muitos ainda vão continuar assistindo, assim como assistem Friends. É uma história engraçada, com piadas boas e personagens ótimos. Passou por altos e baixos e, ainda assim, durou por mais de uma década. Vou sentir muita falta de rir com Alan, Charlie, Walden, Berta e cia.
Obrigada Chuck Lorre! Valeu, foi bom, adeus! ~Mããããn~
Avaliação
Melhor personagem: todos
Melhor cena: animação gráfica; Walden e Alan na delegacia
Nota: 8,0