Apresentando um reality que vai muito além de uma rede social, The Circle França consegue superar em conteúdo, enredo e personagens os seus antecessores, The Circle EUA e The Circle Brasil. Com muita estratégia, rivalidade e competição, a versão francesa consegue provar uma evolução de entretenimento ao trazer um verdadeiro jogo, não só uma rede social.
Assim como a versão estadunidense e a brasileira, o The Circle França funciona como um reality show que quer saber a seguinte resposta de seus participantes: o que você seria capaz de fazer para ser popular em uma rede social se muito dinheiro estivesse em jogo? Nesse caso, os jogadores disputam 100 mil euros e precisam pensar, muito bem, em como conseguir esse dinheiro.
O The Circle funciona como uma plataforma ativada por voz, em que os participantes apenas se comunicam por meio dela e, claro, todos estão sujeitos a julgamentos – como em uma rede social. O mais complicado é saber ser popular, qual foto usar, qual status publicar e quais emojis escolher. Em todas as outras versões, há essa preocupação, mas na francesa há um diferencial.
O show apresenta jogadores estratégicos em vários níveis. Cada um deixa claro, para nós telespectadores, o que está pensando e como irá agir para ser o mais popular. Alguns usam outras personalidades, e criam os chamados fakes (ou catfishes), outros acreditam em seu próprio potencial de ser popular e outros apenas querem jogar com o seu “coração”.

O diferencial do francês começa quando conhecemos, logo de cara, um grande jogador estratégico, Cedric. Ele pensa bem antes de cada mensagem, tem um plano perfeito para manipular cada um, age sorrateiramente parecendo amigo de todos mas, na hora que puder dar o golpe, deixa claro para quem assiste que fará. Para ele, todos estão jogando sozinhos e as amizades são puro jogo.
Isso não aparece, por exemplo, no The Circle Brasil onde os participantes se preocupavam mais em ser autênticos e verdadeiros consigo mesmos, com seus ideais e valores em jogar (ou manipular) os outros para ganhar. Até porque, para ganhar o jogo e ser o popular a avaliação de cada jogador é importante, uma vez que o The Circle funciona com uma classificação geral em que todos classificam quem mais gosta (primeira colocação) até quem menos gosta (última posição).
Para se tornar um influencer (e decidir as regras do jogo) é preciso ter uma boa avaliação de todos, já que o jogo decide quem será a partir de uma média de todas as classificações que recebeu. Assim, eles não querem só ser adorados, eles sentem que precisam ser para permanecer no jogo e chegar até a final.
Com essa mente estratégica de tentar ser amigo de todos, mas bloquear os mais populares quando puder, Cedric avança manipulando muitas pessoas, até que é descoberto e, assim, outros jogadores (bem espertos) decidem entrar em ação. Maxime é, no perfil do The Circle, Valeria, uma mulher meiga, atenciosa e prestativa mas que, por trás, têm uma mente arquitetando quem será o próximo a sair.

Mas, diferente de Cedric, Valeria não faz o jogo sujo, e isso faz parecer que ela não está envolvida nas estratégias centrais do reality, ela apenas planta uma “sementinha” na mente de outro grande participante, Romain que, no perfil, é ele mesmo e joga acreditando em seu ego e potencial de ser famoso em redes sociais. Porém, ele é facilmente manipulável, cai na lábia da encantadora Valeria e acaba fazendo o jogo que ela acha certo (ou que a beneficia).
Valeria e Romain conseguem bloquear, juntos, grandes jogadores. Não é à toa que ficaram entre os cinco finalistas do The Circle França. Além de seu “namoradinho”, Valeria – ou Maxime – se alia a Élea, uma mulher espontânea, engraçada e carinhosa que ganha o coração de todos na primeira avaliação. Interessada na popularidade espontânea de Éléa, Valeria se aproxima dela para ganhar pontos no jogo.
Isso é bem diferente do The Circle EUA, por exemplo, em que os jogadores acabaram se aliando e se tornando amigos em momentos tensos do jogo, quando estavam na pior, com classificações ruins, como foi o caso de Shubham que se aproximou do perfil de Rebecca (feito por Seaburn). Sendo, assim, mais uma conexão natural (ou espontânea) do que estratégica.
Claro que houve momentos de apenas jogo, e não amizade, no The Circle EUA e no Brasil, porém, eles não tiveram, do seu começo até o final, as estratégias como pilares centrais do enredo. Os temas que movimentaram as tramas do estadunidense e do brasileiro foram questões como: procurar fakes, contradições nas falas e posicionamentos das pessoas, aliados por identificação de personalidade, entre outros.
Os jogadores do EUA e do Brasil se posicionam como estratégicos em muitos momentos, mas só quando necessário, eles apostam em seu jeito e autenticidade para vencer e não na manipulação e enganação como foi no reality francês.
Os jogadores estratégicos do The Circle França construíram ótimas formas de vencer o jogo, persistiram com manipulação e, claro, construíram uma história mais emocionante do que os dois outros realities. Com isso, a versão francesa dá muito mais “pano pra manga”, entretenimento e frio na barriga do que qualquer outro The Circle feito anteriormente.
Ficha Técnica
The Circle França
Participantes: Lou Baudry (ela mesma), Josette “Jo” Guérin (Nicolas), Monique Genty (Nicola, Cédric (ele mesmo), Gary Jarny (ele mesmo), Ines Tazi (ela mesma), Paolo Rodrigues (ele mesmo), Virgine Catala (ela mesma), Maxime Merkouchenko (Valeria), Edmundo Faisca (Neila), João Faisca (Neila), Rudy Doukhan (Gabriel), Élea (ela mesma) e Romain Ben (ele mesmk).
Duração: 1 temporada. (50min a 1h de duração por episódio).
Nota: 8,5
Que legal…!!
Esta foi uma visita excelente, gostei muito, voltarei assim
que puder… Boa sorte..!
Oi…
Gostei muito, fiz uma visita inesquecível….
Valeu muito…!
Visite meu site…
Obrigado..!