O crossover mais esperado aconteceu! Sim, estou falando do musical de Supergirl e The Flash. Não tivemos lutas, batalhas, vilões de dar medo, mas sim um episódio especial que veio como um respiro para ambas as séries que passam por situações conflitantes, especialmente The Flash. Além disso, a história desenvolvida aqui também serviu para situar melhor em como nossos herois estão lidando com os seus problemas internos, além de salvar o mundo. Com músicas românticas e gostosas de ouvir, foi uma delícia ver nossos personagens favoritos cantarem e dançarem durante 45 minutos, isso sem contar que muitos puderam matar as saudades de Glee, afinal, uma parte do elenco fez parte da série.
Mas antes de falar sobre o crossover, vamos entender o que aconteceu em Supergirl. Em Star-Crossed, Kara descobriu que Mon-El estava mentindo esse tempo todo. Ele nunca foi servo de Daxam; ele é o príncipe do planeta inimigo de Krypton. Depois de tempos, seus pais conseguiram achá-lo em National City e, agora, quer que o filho volte para ajudar a reconstruir o seu povoado. Falando assim, parece que é até uma mentirinha inocente, mas aos olhos de Kara, Mon-El cometeu uma falta gravíssima. Além da mentira, a ficha de Kara caiu e ela percebeu que o desdém, a escravidão e o sofrimento desse povoado se devem a um reinado medíocre e egoísta da qual Mon-El fazia parte. E agora? Será que essa mentira tem perdão?
Quem acompanha Supergirl, sabe que a personagem é bem cabeça dura (típico de super-heroi) e mesmo Mon-El mostrando arrependimento e mudança de caráter, Kara não consegue deixar isso de lado como se nada tivesse acontecido. Nem mesmo o plot de Winn e Lyra fez a Supergirl mudar de ideia. Aliás, para ninguém ficar perdido aqui, o que aconteceu foi o seguinte: Lyra usou Winn para roubar uma pintura do museu. A verdade é que a alienígena precisava fazer isso para salvar a vida de seu irmão que estava nas mãos do vilão Mandrax. De primeira, os telespectadores não acham a história tão relevante, mas assim que o plot se cruza com o plot de Kara, há uma compreensão melhor. Em uma conversa entre Kara e Winn, a heroína questiona se ele pretende perdoar Lyra depois de tudo o que ela fez. A resposta dele foi essa “Se aquela pessoa te merece, então vale a pena perdoá-la”. E mesmo com essa reflexão, Supergirl não perdoa Mon-El.
Assim, surge uma nova figura que irá ensinar uma lição à heroína: O Mestre da Música. Ao ficar frente a frente com Supergirl, ele a coloca em “coma”, enquanto Kara vai viver em outra dimensão, só que musical. Agora, o próximo passo é capturar o velocista mais rápido que existe. De quem será que ele está falando? rs
Enfim, o crossover musical
Em The Flash, o episódio Duet dá continuidade aos últimos acontecimentos vistos em Supergirl. Mon-El e Hank vão até a STAR Labs pedir ajuda a Barry para salvar Supergirl que está desacordada há horas. Eles contam sobre o vilão que, por sinal, invade qualquer lugar com uma facilidade imensa. Assim, ele também coloca Barry em coma e o leva para a mesma dimensão onde Kara está.
O crossover musical se passa na década de 40 ou 50 (acho que é isso), onde gângsters dominam e lutam pelos seus territórios na cidade. Barry e Kara são cantores de uma boate e, para sair daquela enrascada, eles precisam seguir o roteiro de um filme musical. A grande jogada dos roteiristas que eu gostei bastante é que os herois amam musicais e utilizam desse gosto para escapar das tristezas e dos conflitos internos que vivem. É justamente esse ponto que o Mestre da Música utiliza para que ambos enfrentem os seus problemas e medos.
Tá, mas espera! Afinal, o Mestre da Música é vilão ou não? Na minha opinião, ele é meio a meio. Enquanto Barry e Kara ficam presos nessa dimensão, o mestre utiliza dos poderes dos herois para assaltar os bancos da cidade. Mas, ao mesmo tempo, ele está ali para ensinar uma lição aos dois. Lembram que eu disse que é típico dos herois serem cabeças duras? Então, para eles saírem dessa cilada, eles precisam aprender que herois perdoam e que, algumas vezes, eles também precisam ser salvos pelas pessoas que os amam. Eu não sei vocês, mas eu gostei bastante da forma como a situação foi colocada e como a lição de cada um foi dada. Supergirl, algumas vezes, é irredutível em suas decisões, o que a pode torná-la chata e até solitária. Mon-El errou feio, mas se arrependeu e mostrou que mudou. Barry está passando pela fase em que quer jogar nas costas dos outros os seus problemas e isso inclui salvar Iris. Além disso, ele tenta afastá-la para protegê-la. Será que não seria ao contrário? Será que não é Iris que precisa ficar por perto para proteger e salvar Barry?
Danças e canções que emocionam
Em dose bem equilibrada, o crossover acertou em cheio nas canções e nas danças, principalmente reunindo Grant Gunst, Melissa Benoist e Darren Criss, que arrasam ao soltar a voz e os pés. Nesta dimensão, eles precisam não só cantar, como também resolver um conflito entre família gângster. Os filhos de cada lado estão apaixonados e desejam ficar juntos, sem que as famílias iniciem uma guerra. E quem são os filhos? Iris e Mon-El que, nessa nova realidade, recebem outros nomes.
Antes de falar desse conflito, preciso dizer que adorei ver Kara e Barry cantando e dançando, especialmente na cena em que eles cantam Super Friend e sapateiam pela boate. Outros que arrasaram ao soltar a voz são Winn, Cisco, Joe e o professor Stein. Que quarteto foda! Eu adorei. Claro que nosso Mestre da Música não ficou para trás e também deu aquela palhinha para os telespectadores. Gostei muito de rever Darren Criss em cena fazendo o melhor que sabe: atuar, dançar e cantar!
Entre uma música e outra, a dupla precisa lidar com o conflito do casal apaixonado e, ao mesmo tempo, com os próprios conflitos internos que é saber ouvir, compreender e, é claro, perdoar. Outra coisa legal desse crossover foi descobrir que Joe e Stein são casados e pais de Iris nessa dimensão. O melhor foi ver a reação de Barry ao descobrir isso.
Barry: Vocês? Pais?
Joe: Algum problema?
Infelizmente, o final do musical não foi feliz, pois Barry e Kara levam um tiro quando eles tentam apaziguar as duas famílias. Segundo o Mestre da Música, apenas as pessoas que os amam poderão salvá-los. Assim, Iris e Mon-El conseguem ir até lá e Kara perdoa o amado, enquanto Barry admite que não pode ficar longe de Iris. Essa foi por pouco, hein! Graças a essas pessoas sem poderes, os nossos herois ganharam mais uma chance e aprenderam a lição de que o amor é fundamental em qualquer situação, por mais difícil que ela seja. Sim, meus amigos, o crossover não foi só para reunir os personagens, mas também para ensinar uma lição a cada um deles e mostrar que nem sempre eles estarão certos e que, às vezes, os herois também precisam de ajuda. Ele pode até ser um vilão, mas o Mestre da Música soube muito bem usar a sua vilania nesse episódio para o fazer o bem.
O crossover musical Star-Crossed e Duet vieram como um respiro para as séries Supergirl e The Flash, trazendo momentos descontraídos, engraçados e emocionantes com canções e danças lindas. Pode ser que alguns achem que o dueto de Kara e Barry tenha sido muito pouco, mas para 45 minutos de episódio achei que a medida foi certa. Isso sem contar que o episódio especial serviu de lição para os nossos herois. Espero que eles tenham aprendido.
E aí, o que acharam do crossover musical? Deixem nos comentários!
PS: Supergirl: Se você mentir de novo vou jogar uma montanha em você!
Mon-El: Figurativamente?
Supergirl: Não, geologicamente! – Melhor diálogo!
Trilha Sonora do episódio especial
Meet The Music Meister
Moon River
Put a Little Love in Your Heart
More I Cannot Wish You
Super Friend
Runnin’ Home To You
Avaliação
Melhor cena: todas as cenas com canções
Melhor personagem: todos
Nota: 9,0
Fotos: IMDB e Recap Guide