Gosta de filmes que abordam catástrofes e destruição mundial? Então a dica é para você. O Sessão Pipoca de hoje traz Tempestade – Planeta em Fúria (Geostorm), filme de estreia do diretor Dean Devlin (roteirista/produtor de Independence Day: O Ressurgimento) e estrelado por Gerard Butler. Na trama, a ocorrência cada vez mais frequente de eventos climáticos capazes de ameaçar a existência da humanidade faz com que seja criada uma extensa rede satélites ao redor de todo o planeta, com o objetivo de controlar o clima. Intitulado de ‘Danny Boy’, o sistema construído com a ajuda de 17 países é coordenado pelo engenheiro Jake Lawson (Butler). Depois de anos de dedicação, Jake é afastado do cargo devido a divergências políticas, enquanto o seu irmão mais novo, Max (Jim Sturgess) é nomeado como o novo chefe da rede. Anos depois, quando a coordenação do Danny Boy está prestes a ser transferido dos Estados Unidos para a ONU, inicia-se uma série de falhas no sistema causando diferentes catástrofes, desde um aquecimento intenso até um congelamento instantâneo em várias partes do planeta. Prestes a ganhar proporções mais graves, Jake é recrutado novamente para descobrir o que está acontecendo e, enviado para a estação espacial, ele não só precisa saber como esses problemas foram iniciados, mas também precisa encontrar uma solução antes que o sistema inicie uma grande tempestade que irá destruir vários pontos do planeta.
Tempestade – Planeta em Fúria é aquele típico blockbuster recheado de ação e catástrofes em CGI que vai entreter o público. O filme se torna bom justamente por ele estar ciente do chão em que pisa, ou seja, é um entretenimento em que boa parte da história se apoia em muitos efeitos especiais exagerados, mas também se preocupa em trabalhar em uma trama que contextualiza satisfatoriamente a razão de toda essa destruição estar acontecendo. Não vou dizer qual é a trama, pois acredito que essa revelação tiraria boa parte da graça do filme. O que posso dizer é que o roteiro não traz uma história densa e tão inovadora, no entanto, ele não deixa o filme tratar somente da questão catastrófica. Entendem o que eu quero dizer?
Além da trama de base, o público acompanha os conflitos entre Jake e Max, a relação de Jake com a filha Hannah (Talitha Bateman), e a relação amorosa e secreta de Max com a agente Sarah Wilson (Abbie Cornish). No entanto, há algumas coisas que me incomodaram um pouco no filme. O primeiro são os diálogos que, no geral são medianos, mas há momentos em que eles tentam forçar algo emocional ou engraçado e não funciona. Outro ponto negativo é que, durante as catástrofes, há sempre uma pessoa que consegue fugir sem nada lhe atingir, o que torna a cena engraçada de tão absurda que é. Por fim, as cenas de discussão entre os irmãos são interessantes para deixar o público a par das divergências entre eles, porém alguns dramas não estão no timing certo, o que desestrutura um pouco a história.
Considerações finais
Mesmo com algumas ressalvas, Tempestade – Planeta em Fúria é um filme que tem boas cenas de ação, bons efeitos especiais e um elenco de peso que arca com competência os seus papéis. É um longa que, além de entreter do começo ao fim, vai fazer o público se emocionar nos momentos finais. Eu me emocionei.
Ficha Técnica
Tempestade – Planeta em Fúria
Direção: Dean Devlin
Elenco: Gerard Butler, Jim Sturgess, Abbie Cornish, Alexandra Maria Lara, Ed Harris, Andy Garcia, Daniel Wu, Eugenio Derbez, Talitha Bateman e Robert Sheehan.
Duração: 1h49min
Nota: 6,9