O Sessão Pipoca indica Era Uma Vez Um Deadpool (Once Upon a Deadpool) que traz uma remontagem do sucesso Deadpool 2 (veja a crítica) para aqueles que não puderam assistir por serem menor de idade. Na trama, o mercenário tagarela sequestra o ator Fred Savage para ler a história do segundo filme a fim de recriar suas aventuras de um jeito mais leve e infantil, sem deixar de lado sua língua afiada e sarcástica. A grande questão é se realmente vale a pena assistir ao novo longa no cinema. E a resposta é depende.
Uma das grandes propostas de fazer essa remontagem – roteirizada por Rhett Reese e Paul Wernick – é de ajudar na campanha ‘F*ck Cancer’ com o dinheiro arrecadado nas bilheterias, e isso já é um grande ponto positivo para o filme.
Agora, em termos de técnicas e roteiro, algumas coisas mudam, mas a essência do filme original é mantida. O que difere Era Uma Vez Um Deadpool de Deadpool 2 são as cenas inéditas com a participação especial de Savage, conhecido por interpretar o personagem Kevin na série Anos Incríveis e o filme A Princesa Prometida. A ideia de mantê-lo por dias amarrado na cama é algo típico do Deadpool fazer e o ponto divertido do filme.
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A interação de Savage e Ryan Reynolds é extremamente divertida, com diálogos afiados e sarcásticos sem a mínima utilização de palavrões, uma vez que o próprio protagonista censura aquele que tentar falar uma única palavra de baixo calão. Além disso, a dupla está em constante provocação para atingir o público e até o próprio estúdio responsável pelo filme. Fred não perde tempo e brinca com o fato de Deadpool ser da Marvel, mas na versão Fox, enquanto o próprio rebate dizendo que a Disney comprou a Fox, ou seja, está todo mundo junto e misturado. À medida que o mercenário vai contando a história, Fred faz comentários típicos que um público mais “chato” faria, como por exemplo, o retrato ideal do personagem Cable sendo apresentado no filme. Mas quem assistiu ao filme original vai entender que não é exatamente assim que o roteiro funciona. Mais uma vez, Reynolds faz questão de enfatizar e dar indiretas para aqueles que adoram criar/usar roteiros fracos.
Entre outras brincadeiras, está o questionamento de Savage em como Reynolds conseguiu a participação especial de Brad Pitt e Matt Damon no filme. E quem já viu Deadpool 2 e for assistir este longa, vai perceber duas coisas: a primeira é que as cenas violentas não contêm sangue; segundo, o filme está um pouco mais compacto, com algumas sequências reduzidas em relação ao original. Por fim, há as tradicionais cenas pós-créditos com direito a uma cena em especial: uma linda homenagem à Stan Lee.
De resto, o filme mantêm os mesmos acontecimentos de Deadpool 2, desde a sequência com Vanessa (Morena Baccarin) que motiva as ações do mercenário – inclusive, Fred Savage faz um comentário afiado (e verdadeiro) com relação a isso; a tentativa de salvar Russell de se transformar em um vilão; toda a sequência que se passa na mansão X-Men; a formação do grupo X-Force; o confronto com Cable e o mesmo final do segundo filme.
Considerações finais
O que difere Era Uma Vez Um Deadpool de Deadpool 2 é a participação de Fred Savage, os comentários sarcásticos e mais leves com relação à história, o fato dos palavrões e as cenas sangrentas serem censuradas e uma cena pós-crédito especial.
Vale a pena assistir? Até vale, principalmente se você não assistiu Deadpool 2 e/ou estiver curioso para ver a interação dos atores enquanto comentam sobre o filme.
Ficha Técnica
Era Uma Vez Um Deadpool
Direção: David Leitch
Elenco: Ryan Reynolds, Fred Savage, Josh Brolin, Morena Baccarin, Zazie Beetz, Julian Dennison, T.J Miller, Leslie Uggams, Andre Tricoteux, Brianna Hildebrand, Shioli Kutsuna, Terry Crews, Bill Skarsgard, Rob Delaney, Jack Kesy, Karan Soni, Eddie Master e Lewis Tan.
Duração: 1h56min
Nota: 7,0