Mais uma vez, temos um remake de um dos filmes de terror que ficou conhecido na década de 80: Poltergeist – O Fenômeno. Dirigido por Gil Kenan, o telespectador acompanha a história do casal Eric (Sam Rockwell) e Amy Bowen (Rosemarie DeWitt) e dos filhos Kendra (Saxon Sharbino), Griffin (Kyle Catlett) e Madison (Kennedi Clements). Depois da mudança, a família começa a se adaptar bem ao novo lar, até que coisas estranhas acontecem. O primeiro a desconfiar é Griffin, no entanto, os pais acham que o medo do filho não passa de um pequeno trauma que ocorreu há um tempo. Quando o fenômeno toma maiores proporções, a filha caçula é sequestrada pelas forças malignas, fazendo com que os pais procurem por especialistas paranormais.
Como eu não assisti ao filme original (1982), vou apenas comentar o remake sem fazer comparações. Não posso negar que a história me cativou logo no primeiro ato. As interpretações dos atores são boas, levando o público ao suspense e aos sustos. Apesar de algumas cenas clichês e frases de efeito, o roteiro é regular, não fica a desejar e os efeitos de som prendem a atenção. O principal elemento da trama são os efeitos especiais, pois é ele que constrói o terror que a família passa dentro da casa.
O fenômeno Poltergeist é a junção de forças obscuras revoltadas. Para eles se “libertarem”, eles precisam de uma luz pura e ingênua. É aí que as pessoas entendem porque Madison é “sugada” pelos fantasmas e mantém contato com a família através da televisão. Porém, a ideia do inferno (caracterizada por um armário escuro) fica fantasiosa demais, enfraquecendo o efeito anestésico que um filme de terror causa no espectador.
Outro ponto que também enfraquece a trama são os toques de humor. Este ficou por conta dos especialistas Carrigan Burke (Jared Harris) – que apresenta um reality show sobre casas mal assombradas – e a Dra. Brooke Powell (Jane Adams). Ao serem introduzidos nas cenas, torci para que a história tivesse um contexto parecido ao de Invocação do Mal, mas isso não acontece.
Quando o filme dá a entender que está chegando ao fim, há uma última reviravolta para mostrar que o caso não pode ser solucionado de forma tão fácil. Achei interessante essa jogada dos roteiristas, pois se não tivessem feito esta cena, o final seria bastante medíocre. Ainda assim, a cena final é previsível e não surpreende o público.
Poltergeist – O Fenômeno é um filme bom, com um roteiro regular, mas falha um pouco na ideia de fantasia e o uso de diálogos com humor. Para ser impactante, é importante que o terror explore os efeitos obscuros e mexa mais com a imaginação de quem assiste.
E vocês? Já assistiram Poltergeist? O que acharam? Deixem nos comentários!
Ficha Técnica
Poltergeist – O Fenômeno
Direção: Gil Kenan
Elenco: Sam Rockwell, Rosemarie DeWitt, Saxon Sharbino, Kyle Catlett, Kennedi Clements, Jared Harris, Jane Adams, Susan Heward, Nicholas Braun e Eve Crawford.
Duração: 1h34 min
Nota: 6,5