A Espiã que Sabia de Menos (Spy), do diretor Paul Feig, não é nenhum filme “cabeça”, denso, com diálogos complexos. O filme foi feito para relaxar, divertir e fazer o espectador rir bastante. Estruturado no mundo dos agentes secretos, a história apresenta Susan Cooper (Melissa McCarthy), uma despretensiosa analista de base da CIA e heroína não reconhecida das missões mais perigosas da Agência. Quando o seu parceiro (e suposto amor platônico) Bradley Fine (Jude Law) sai de cena e o agente Rick Ford (Jason Statham) e toda a CIA ficam comprometidos, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de um traficante de armas nucleares mortais para evitar um desastre global.
O que eu posso dizer sobre o filme é que ele é muito cômico, mas não a ponto de deixá-lo superficial. Os diálogos são bem estruturados, sem nenhuma complexidade, equilibrando as ações da história com o humor introduzido. Com relação isso, posso dizer que a trama está cheia de bullying. Não tem como não rir disto. Os diálogos recheados de frases pesadas e palavrões são amenizados pelos demais elementos apresentados no filme, anestesiando quem assiste, ou seja, o público não vai achar um horror ouvir tantas ’barbaridades’. O roteiro é bem escrito e as ações e os efeitos trazem dinamismo, sem deixar a história cair na monotonia.
Os agentes nada secretos
Melissa McCarthy simplesmente arrasou no filme. Nota 10 para sua atuação! A evolução de Susan Cooper é previsível, mas isso não chateia, pois seu final é o oposto do que a história apresenta, deixando-a mais engraçada. Suas atitudes são inesperadas, o que traz uma surpresa atrás da outra para quem assiste. Quando você acha que tudo está perdido, a personagem dá a volta por cima, transbordando inteligência e esperteza. Claro que a maior parte do bullying fica sob sua responsabilidade, principalmente quando ela precisa lidar com os grandes vilões. Sua amiga e parceira Nancy (Miranda Hart) é a cereja do bolo. Cada vez que a personagem aparece, não tem como não rir. Ela faz a típica ajudante tonta, no entanto, de tonta ela não tem nada! Quando as duas se juntam, é risada na certa.
Jason Statham me surpreendeu pela primeira vez. Já falei aqui no blog que não curto muito os seus filmes, mas neste ele está demais! Na pele de Rick Ford, Statham traz uma interpretação totalmente contrária do que está acostumado a fazer em seus filmes de ação. Rick é um agente durão, mas que erra nas horas mais importantes, deixando a máscara de machão cair imediatamente. Acredito que A Espiã Que Sabe de Menos faz uma sátira proposital aos personagens do currículo do ator. Desta vez, tenho que dar um ponto positivo para ele.
Jude Law é Bradley Fine, um típico agente 007 bonitão, que explode bombas e mata pessoas sem perder o seu charme e elegância. Mas, ele perde seu encanto quando comete erros, ganhando o público com o seu lado cômico. Sua química com Susan é perfeita e você torce para que os dois fiquem juntos, nem que seja só um pouquinho.
Outros atores que fazem a diferença são Allison Janney (Elaine Crocker) e Peter Serafinowicz (Aldo). Apesar de não aparecerem em todas as cenas, eles dão o toque especial à comédia. Quem assistiu, riu muito com a dupla Aldo e Susan e com as ideias de Elaine para os disfarces da espiã novata.
Quem também não fica para traz é Rose Byrne. No papel da vilã Raina Boyanov, a atriz interpreta uma personagem durona, má, filha de traficante, mas muito burrinha. Mesmo sabendo quem são os agentes secretos e dando o fim em todos eles, ela consegue cair nas mãos de espiãs principiantes. Mesmo sendo a antagonista, ela consegue dar graça ao filme, principalmente quando está em cena com Susan.
A Espiã que Sabia de Menos é um filme para relaxar e rir bastante. Se você curte este tipo de comédia, esta é uma opção perfeita para escolher enquanto está na fila da bilheteria.
E aí, já assistiu? O que acharam do filme? Deixem nos comentários!
Ficha Técnica
A Espiã que Sabia de Menos
Direção: Paul Feig
Elenco: Melissa McCarthy, Jason Statham, Jude Law, Rose Byrne, Miranda Hart, Allison Janey, Peter Serafinowicz, Bobby Cannavale, Morena Baccarin e 50 Cents.
Duração: 2h
Nota: 10