Após uma atmosfera tensa de guerras, perdas, confrontos e muito sangue, novos tempos chegam em The Walking Dead. A 9ª temporada começa com um novo frescor, uma nova era para os personagens que, após meses – ou anos, pois não fica específico – se reerguem e reconstroem as comunidades Alexandria, Hilltop e Reino, cada um com o seu líder (Rick, Maggie e Ezekiel) e grupo. Pela primeira vez, temos cores em uma nova abertura da série. Isso significa que a paz está chegando? Chegou? Por quanto tempo?
Mesmo que a série ainda gere o sentimento de amor e ódio, muitos telespectadores vão continuar assistindo, especialmente esta temporada, pois teremos a grande despedida de Andrew Lincoln, intérprete de Rick Grimes. E a pergunta que não quer calar é: o que será que vai acontecer com Rick? Qual será o grande desfecho deste personagem tão forte e complexo? Ele terá um final feliz ou triste? O primeiro episódio não traz nenhuma reposta para essas perguntas ainda, mas indica que há certo clima de tensão entre alguns personagens, devido às atitudes que vimos ao final da temporada passada.
Pra quem não se lembra, Rick vence a guerra, derrota os salvadores, prende Negan, mas não o mata, o que deixa muitos frustrados, especialmente Maggie e Daryl. E essa ‘mágoa’ continua forte entre eles. Mesmo com as comunidades em progressão e a tomada de posse do Santuário – com alguns seguidores de Negan ainda trabalhando lá – o clima não anda 100% entre eles, mas ainda assim, eles trabalham juntos para continuar crescendo e mantendo a paz nos territórios.
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O que mais o público vai acompanhar neste primeiro episódio são os grupos averiguando outros ambientes ao redor, principalmente um grande museu que eles encontram e até conseguem tirar uma grande carroça lá de dentro, mesmo com vários walkers prontos para pegá-los. Todo esse processo de observação, busca e caça por objetos e mantimentos ficam boa parte do episódio. Inclusive, temos a presença de novos personagens que mal são apresentados e uma tragédia logo acontece, fazendo o público não sentir tanta empatia assim, uma vez que nem se quer conhece direito o novo integrante do grupo. Achei esse plot específico um pouco falho, no entanto, ele gera certo caos que torna o restante da trama mais interessante.
Mesmo sem conhecer a fundo, o telespectador descobre que o rapaz é filho de um casal habitante de Hilltop e, devido ao ocorrido, eles ficam frustrados demais com a liderança de Maggie que, infelizmente, culmina em um final infeliz. Pra piorar ainda mais a situação, o casal ainda é influenciado pelos pensamentos de Gregory que, até agora, me pergunto o que ele ainda faz em Hilltop sendo que já era para ele ter sido expulso de lá após tantas mancadas e golpes que já deu.
Com a tragédia e as intrigas de Gregory, um novo ataque acontece, só que com Maggie, com objetivo de se vingar. Salva a tempo, a líder não pensa duas vezes e aplica uma condenação da qual ninguém espera, tornando o final muito bom e, salvando o episódio do marasmo total. Com essa sentença, Maggie prova que os tempos mudaram e, com a liderança em suas mãos, ela não será mais tão boazinha como costumava ser. Isso mostra o quão a atitude de Rick afetou a personagem e a amizade entre eles.
Assim como Maggie, Daryl também não está nada satisfeito com Rick, não só por Negan estar preso, mas também por eles manterem o Santuário em funcionamento pelas mãos dos salvadores que restaram. Pra complicar ainda mais, surge uma mensagem de que eles ainda são seguidores de Negan, ou seja, uma possível rebelião pode acontecer a qualquer momento. Sendo assim, Daryl pede para se retirar do cargo de responsável pelo local, uma vez que não quer mais fazer parte disso. Quem vai ficar no lugar dele? Não sabemos.
Mesmo com esse clima estranho entre eles, The Walking Dead tem os seus bons momentos, como por exemplo, o romance entre Carol e Ezekiel que, finalmente, floreou. Gostei que a série juntou os dois e torço para que essa união fique mais forte e fortaleça o Reino também. Além disso, finalmente o filho de Maggie nasceu e Judith cresceu, dando a entender que alguns anos (não muito) se passaram.
A 9ª temporada de The Walking Dead mostra que os tempos de paz estão estabelecidos nas comunidades que, por sinal, cresceram e se fortificaram. O episódio acaba caindo em marasmo, mas é salvo por um final que, a meu ver, vai satisfazer muitos fãs. O clima estranho entre Daryl, Maggie e Rick indica que alguns conflitos internos serão desenvolvidos ao longo da temporada que, consequentemente, podem contribuir para a saída do protagonista da série. Não podemos esquecer que, nesta nova temporada, teremos a presença dos sussuradores e, ao que tudo indica, eles serão os novos antagonistas da série.
E aí, o que acharam da season premiere da 9ª temporada de The Walking Dead?
Nota: 7,0