O episódio Try To Change Me Now mostrou que Grey’s Anatomy irá ganhar um novo gás nos corredores do Grey Sloan Memorial Hospital, a começar pela mudança radical no programa de formação dos internos. Chegou a hora de ver novos rumos e aceitar novas ideias e técnicas que irão aprimorar o hospital escola e, com isso, novos plots e novos dramas irão surgir na série. Aliás, já começou no momento em que Miranda Bailey, na posição de chefe, precisa acatar as ordens da diretoria e introduzir um novo olhar para aprimorar as técnicas cirúrgicas e medicinais. No entanto, Miranda ficará em um grande impasse, pois ela terá que bater de frente com Richard Webber, seu mentor e aquele que fez de tudo para colocá-la na posição que está atualmente.
Com a chegada de Elisa Minnick, famosa consultora contratada para revisar a formação dos internos e residentes, o telespectador tem a visão do encontro do tradicional (representado por Webber) com o inovador. A cada momento, a cada descoberta, a inovação e a criatividade crescem e se expandem e cabe a nós abrirmos a mente para tentar aprender e seguir essa evolução para não ficarmos para trás. É isso que o episódio trata, criando um conflito entre Minnick e os atendentes do hospital. Eliza quer dar a oportunidade do próprio interno ou residente colocar as mãos na massa, enquanto o médico dá apenas as instruções. Claro que o problema começaria logo de cara, pois a personagem chega de forma radical e sem aviso prévio, assustando e até criando as primeiras rejeições, como vimos na cena em que Eliza bate de frente com Meredith durante uma cirurgia.
Não achei certo a personagem ser introduzida no susto, criando um ar desagradável para todos, inclusive para os próprios internos. Soou um pouco forçado e até irritante, mas talvez tenha sido proposital da parte de Shonda Rhimes fazer isso. Uma espécie de tratamento de choque, afinal, se quisermos evoluir com mundo, teremos que correr na mesma velocidade que ele. Mesmo assim, fazer uma reuniãozinha particular somente com os internos e deixar de lado justamente aqueles que ensinam foi uma tática mal executada. Isso sem contar na forma como Eliza tratou os atendentes, a começar por Maggie que apresenta falhas na hora de ensinar os internos durante uma consulta ou cirurgia. Por mais que a mensagem tenha sido captada, foi um pouco humilhante para Maggie ter que absorver tudo isso na frente dos outros.
E quem bate de frente com a consultora é o próprio Richard, que não aceita a forma como o novo método está sendo executado. Mesmo assim, Webber admite que as novas técnicas apresentadas por Minnick são boas e se redime por ter ficado na defensiva. É compreensível essa postura, já que ele e os demais médicos foram pegos de calças curtas sendo avaliados por uma pessoa que nem se quer foi apresentada. No entanto, o jogo acaba virando quando Minnick mostra interesse pelo cargo, mas revela que trabalha sozinha. Ou seja, #ForaRichardWebber. É um pouco contraditório isso, vocês não acham? E quem fica na pior posição é Miranda que terá que escolher entre a consultora e seu mentor e amigo de tantos anos. Isso sem contar que Bailey já apresenta algumas falhas como chefe, quando encobriu Warren na vez que ele fez o parto de uma moça em condições desfavoráveis e, agora, defende a todo custo a permanência de Alex no hospital, mesmo que seja atuando na clínica. E agora? Qual será a decisão de Bailey?
Paralelamente ao plot central, acompanhamos o conflito de Amelia e Owen. Enquanto um sonha em formar uma família, Amelia admite que não quer ter filhos. Já vimos essa história antes com Cristina, lembram? Outro problema é que a gente não sabe se a médica contou a história inteira para Owen, então fica difícil compreender a situação. Por que eles não falam às claras? É tão mais fácil e talvez Owen ajudaria Amelia a superar o trauma do passado. É tudo uma questão de comunicação e compreensão. Simples assim.
Mesmo com mudanças radicais e assuntos delicados de família, o episódio trouxe um alívio cômico com April entrando na onda dos aplicativos de relacionamento. Foi engraçada a tentativa da médica de marcar um encontro e Jackson a ajudando, mas esse tipo de mudança também não é fácil, principalmente quando você tem uma filha com o ex e ainda mora sob o mesmo teto que ele. Mas, como o próprio Jackson disse, April tem todo o direito de ser feliz e o começo da nova jornada nem sempre será fácil, mas o mais importante é que ela já deu o primeiro passo. Espero que Jackson faça o mesmo, pois ele também merece essa felicidade.
Com a chegada de Elisa Mennick, Grey’s Anatomy vai ganhar um novo ritmo, com novos dramas e impasses e isso será de bom grado á série e também aos telespectadores, afinal a gente curte uma intriga, um problema, uma tragédia, não é mesmo? rs
O que acharam do episódio? Deixem nos comentários e até a próxima review!
PS: E esse encontro repentino de Arizona e Elisa? Senti um cheiro de romance vindo por aí.
PS2: Com a chegada de Elisa ao hospital, os internos vão ficar um pouco insuportáveis, principalmente a chatinha da Stephanie.
Avaliação
Melhor cena: Eliza e Meredith discutindo durante a cirurgia; Jackson ajudando April com o Tinder; Elisa e Richard discutindo em todas as cenas
Melhor personagem: Elisa, Miranda, Richard e Maggie
Nota: 9,0