Depois de meses de espera, The Walking Dead está de volta! Pra ser sincera, eu gosto da série, mas assisto sem expectativas nenhuma, ou seja, se me surpreender será ótimo; se não, não será surpresa nenhuma, afinal, o sentimento de amor e ódio pela série rola desde a 4ª temporada e eu já aceitei isso.
No entanto, a 8ª temporada começa com um formato diferente, algo que não esperava, mas que curti mesmo achando um pouco confuso. A season premiere apresenta quatro linhas narrativas que se passam no presente e futuro. Logo de cara nos deparamos com Rick, Ezequiel e Maggie discursando bravamente às comunidades de Hilltop, Alexandria e o Reino ao decidirem iniciar uma grande guerra contra Negan e os Salvadores. Logo em seguida, a cena é cortada e a série nos leva para o futuro, em que vemos Rick de cabelos brancos, usando bengala e feliz ao lado de Michonne, Carl e Judith em uma comunidade que se encontra em paz. Tudo indica que essa cena se passa anos após a guerra contra Negan.
Em pequenos flashes, o telespectador é levado para outros dois momentos: Rick com um olhar desesperador, mas ao mesmo tempo de alívio, o que pode indicar que este é o momento em que as comunidades vencem os Salvadores; ou melhor, que Rick finalmente elimina Negan. Em outro flash, temos Rick e Carl vagando pela estrada em busca de mantimentos ou, até mesmo, novos membros para integrar a comunidade. Pode ser que essa cena também faça parte do mundo pós-Negan, mas ainda não é possível afirmar isso.
Com essa mescla de cenas entre presente e futuro, o plot principal de Mercy é o primeiro grande ataque de Rick contra os salvadores, uma ousadia pura e deliciosa de acompanhar. Não vou negar: adorei a forma como o grupo se impôs diante de Negan sem medir força ou se quer demonstrar temor pela presença do vilão. A cena é até engraçada, pois Rick usa as mesmas palavras de Negan para confrontá-lo, enquanto que o líder dos Salvadores usa do seu bom e velho tom jocoso e sarcástico para debochar da atitude ousada do seu oponente. A conversa não se estende por muito tempo e Rick inicia o ataque, mas bem preparado para o que der e vier. O resultado é uma boa cena de confronto entre as comunidades, em que Alexandria, Hilltop e o Reino saem com um saldo positivo. Não vou detalhar o que acontece, pois o que vale é a experiência de assistir para degustar este bom momento.
No começo, achei estranho ver Carol, Tara, Morgan e Daryl conduzindo uma trilha de walkers, uma vez que eles já fizeram isso em temporadas anteriores. Eles estariam conduzindo walkers diretamente para a comunidade dos Salvadores? E mesmo com um ótimo ataque, nem tudo poderia sair perfeito. Infelizmente, o Padre Gabriel tenta ser o bom samaritano para ajudar Gregory, líder de Hilltop. A verdade é que Greg não passa de um verdadeiro traíra, correndo para o lado de Negan com o objetivo de apenas proteger a sua própria pele. Para ele, ‘que se dane Hilltop!’, mas Maggie mostra a sua força e capacidade em tomar o lugar e se tornar a nova líder da comunidade. Em meio a tiros, walkers e bombas, Greg passa a perna em Gabriel e o deixa encurralado, enquanto Rick e o grupo vão embora sem olhar para trás, uma vez que esse era o combinado. O resultado? Para se proteger, Gabriel entra em um trailer e fica preso junto com Negan. Mais azar do que isso, impossível! Quer dizer, pode ser que aconteça algo pior, mas essa situação poderá não render bons frutos para Rick.
Assim que acompanhamos o ataque, a sequência é cortada novamente para o discurso, o que pode criar uma pequena confusão em nossas cabeças. Afinal, o ataque aconteceu mesmo, ou tudo não passa de apenas uma imaginação de como poderia ser o confronto? Tudo indica que o confronto realmente aconteceu, mas não fique preocupado se essa dúvida surgir na sua mente.
A season premiere da 8ª temporada de The Walking Dead é boa e ousada por apresentar mais de uma linha narrativa em que vemos o presente e o futuro paralelamente, dando a entender de quem irá vencer essa guerra. Agora, resta saber como a guerra será desenvolvida, quem vai sobreviver e morrer neste grande embate. Espero que esta nova temporada fuja da mesmice e do marasmo que vimos nas temporadas anteriores e surpreenda mais na história.
PS: A pequena Judith cresceu, mas a barriga de Maggie não. Que gravidez mais estranha!
PS 2: O tigre deixou de ser um efeito especial e passou a ser real. Gostei.
Nota: 7,5
Fotos: Recap Guide