Mesmo que um super-heroi possa voar, ele não começa lá de cima. É exatamente isso que o segundo episódio de Supergirl nos mostra. Há 12 anos no planeta Terra, Kara se considera uma super-heroína forte e com vontade de viver para salvar o dia. Neste ponto, ela está mais do que certa, no entanto, a personagem ainda não está preparada para lidar com a realidade da National City.
Depois de tentar salvar (e falhar) duas vezes a cidade de acidentes corriqueiros, como um avião caindo ou um incêndio, a imagem de Supergirl fica comprometida com a população. Afinal, salvar o mundo e deixá-lo uma bagunça, não funciona. Para fazer parte da agência secreta de Hank Henshaw, Kara aceita ser treinada por sua irmã, Alex, mesmo contra sua vontade. Aqui, encontramos uma heroína totalmente despreparada. De que adianta ter superpoderes e não saber usá-los? De que adianta ter força, mas não utilizar corretamente as técnicas da luta? De que adianta enfrentar o inimigo, mas não conhecê-lo o suficiente para usar suas táticas a seu favor? Ao achar que Alex não tem fé em sua determinação, Kara lida com a realidade quando sua chefe, Cat, diz toda a verdade sobre Supergirl. A partir daí, ela se dá conta de que está fazendo tudo errado e precisa de ajuda. Para isso, ela começa a contar com o apoio de James e Winn.
As cenas em que os rapazes ajudam Kara a evoluir e enfrentar uma coisa de cada vez me lembrou muito da série The Flash, quando Barry aprende novas técnicas com Oliver Queen (Arrow), enquanto Cisco e Caitlin indicam novos assaltos, roubos e acidentes na Central City. Coincidência? Não sei, mas acho que todo super-heroi precisa passar por esse processo para amadurecer e trazer mais realismo à história.
Enquanto treina e aprende, Kara precisa lidar com dois problemas: o primeiro é que Cat exige uma entrevista exclusiva com a Supergirl. O segundo é o aparecimento de um vilão, comandado por sua tia Astra. A antagonista saiu da prisão (ela foi presa pela mãe de Kara) e, agora, quer reunir todos para salvar o planeta. A pergunta é: porque ela quer salvar o planeta? De quê? Por ser sua sobrinha, por que Astra quer tanto derrotar a Supergirl?
Durante a briga, vimos que Supergirl não só aprendeu as técnicas, como também sua força é reconhecida por sua tia. Para salvar Alex, ela conta com a ajuda de Hank que derrota a inimiga (momentaneamente) com um pedaço de kriptonita. Pode ser que alguns espectadores tenham se perguntado como só Hank tem conhecimento da kriptonita. E, claro, quem realmente ele é, já que, em sua última cena, seus olhos ficam vermelhos. Ah, sobre a entrevista? Digamos que Kara deu um jeito, não só para agradar a chefe, mas também para salvar o emprego de James.
Stronger Together nos mostrou uma Supergirl determinada, mas que precisa evoluir. Mesmo com suas falhas, a garota deu a volta por cima e, agora, está aprendendo com os seus erros. Outro ponto legal é que os personagens fazem referência ao Superman com naturalidade, sem nenhuma idealização. A verdade é que Kara não quer ser como seu primo, ou seja, ela não quer trabalhar sozinha e se isolar. Ela precisa de ajuda e quer contar com o apoio de sua irmã e de seus amigos. Até mesmo de sua chefe.
E aí, o que acharam do episódio? Deixem nos comentários.
Avaliação
Melhor personagem: Cat e Kara
Melhor cena: a conversa entre Kara e Cat no trabalho
Nota: 8,5