A 2ª temporada de Supergirl me surpreendeu bastante por não mostrar apenas uma heroína salvando o planeta, mas também a sua evolução psicológica, a sua postura diante dos problemas e dos erros cometidos por julgamentos precipitados, revelando ser uma alienígena tão humana quanto os humanos. Posso dizer que as mulheres comandaram e muito bem essa temporada, de forma crescente e natural, dando um bom exemplo de empoderamento feminino.
Nevertheless, She Persisted nos dá o embate final e empolgante que tantos esperávamos ver na série. Supergirl mostrou que sua força vai além do poder alienígena que possui e, durante a sua primeira luta, ela coloca Superman no chão. Por essa eu não esperava e confesso que senti orgulho dessa cena. Quem não entendeu a razão do Superman ficar contra a prima, eu explico: ao ser manipulado por Rhea, já que a rainha de Daxam usou kryptonita prateada para distorcer sua visão, Superman só conseguia enxergar o seu pior inimigo, Zod. É por isso que ele entra em um luta acirrada com Supergirl, que o derrota de forma nua, crua e espetacular. Confesso que fiquei com medo de que o pior pudesse acontecer, talvez faltou um pouco de confiança da minha parte, pois a personagem prova tudo o que ela é e um pouco mais: determinada, forte, persistente, verdadeira e justa. Mesmo o derrotando, ela jamais arriscaria a vida do primo e, talvez, até colocasse a sua vida em risco para salvá-lo. Quem conhece Kara, sabe muito bem que ela seria capaz de fazer isso.
Mas é outro embate que chama a atenção: Rhea vs Supergirl. Ao convocar uma lei daxamita, ela desafia a rainha para um duelo que terá a Terra como prêmio. Mas em todo duelo, há sempre um plano B traidor. A luta de Rhea e Supergirl é outro momento empolgante do episódio e bastante real: é soco na cara, chute na costela e cotovelada na boca do estômago. Nada de armas ou lasers. É olho por olho e dente por dente, tornando a cena envolvente aos telespectadores. Mas como disse, há sempre uma carta na manga para passar a perna no adversário e Rhea não hesita e convoca seus soldados para atacar a cidade enquanto luta com Supergirl.
Enquanto a heroína se mantém ocupada, Superman, Jon Jhonn’z, M’gann e o grupo de marcianos brancos, Alex, Maggie, James, Winn e Cat Grant tentam controlar os ataques e salvar a população. Quando tudo começa a sair do controle, Supergirl usa sua única carta na manga, uma carta que fará a personagem sacrificar algo muito importante em sua vida: o amor. Lena Luthor cria uma arma tóxica para os daxamitas, obrigando-os a deixarem a Terra caso não queiram morrer. Isso significa que Mon-El também precisa deixar o planeta, o que deixa Kara/Supergirl completamente devastada. Mesmo assim, a heroína sacrifica o seu amor para um bem maior e, assim, ela ativa o elemento tóxico na cidade, mata Rhea e expulsa os demais daxamitas.
Calma, Mon-El não morreu, mas teve que deixar a Terra e Supergirl para trás, nos dando o benefício da dúvida de sua volta. A despedida é bonita e triste, afinal, não vemos apenas um casal se separando, mas vemos também Supergirl abrir mão de sua felicidade novamente para salvar a cidade. Mesmo com uma conversa franca com Cat, Superman e Alex, Kara/Supergirl não consegue esconder a sua profunda tristeza e, mesmo tendo que ficar de pé todos os dias para salvar o mundo, sabemos que Supergirl está destruída por dentro, dando um desfecho triste e melancólico para a segunda temporada.
Aliás, a última cena mostra que o planeta azul não está livre de novos vilões. Há 35 anos, na mesma época em que Kara foi mandada para a Terra, outra nave com um bebê foi enviado. Uma pessoa que, quando crescesse, reinaria no planeta que estivesse. Quem será essa pessoa? Um novo inimigo ou um novo aliado de Supergirl? Só vamos descobrir isso na 3ª temporada!
A 2ª temporada de Supergirl surpreende não só pelo bom roteiro, mas também pelo desenvolvimento dos personagens, especialmente as mulheres que tomaram conta da série de forma natural, espontânea e ousada. Foi muito bom assistir um episódio especial sobre Alex, ver o seu amadurecimento e o seu relacionamento com Maggie nessa temporada. Assim como ela, Kara/Supergirl também evoluiu e muito, tanto na área profissional e heroica quanto na área amorosa, mesmo abrindo mão de sua felicidade no último minuto. Torço para que as coisas melhorem e que Mon-El volte algum dia.
E aí, o que acharam da season finale de Supergirl? Deixem nos comentários e até a próxima temporada!
Avaliação
Melhor cena: as lutas de Supergirl e Superman e Supergirl e Rhea; a despedida de Kara e Mon-El.
Melhor personagem: todos
Nota: 9,0
Fotos: IMDB
