O jogo está ficando cada vez mais apertado para as garotas. Em In the Eye Abides the Heart, “AD” resolveu brincar com a privacidade, o corpo e as decisões das garotas, custe o que custar. Eu sei que isso não é nem novidade, mas a brincadeira ganhou um tom ainda mais pesado desde que descobrimos a origem da gravidez de Alison. Todos, inclusive os telespectadores, acreditaram que o filho de Ali era do ex-marido morto quando, na verdade, o filho é de Emily. Como assim? Vocês lembram que Emily doou seus óvulos e depois eles foram roubados do laboratório? A verdade é que eles foram fecundados e colocados no útero de Ali na época em que ela foi internada pelo marido. Como que alguém é capaz de fazer isso? Estamos falando de uma vida que virá ao mundo de uma forma não muito desejada, pois Emily e Alison tiveram o corpo e a privacidade totalmente violados.
Grande parte do episódio é voltada para Emily e Alison, afinal, elas precisam chegar a um consenso sobre o que fazer com a criança que está para vir ao mundo. Eu entendo que Emily também faça parte disso, mas acredito que a decisão final tenha que ser de Alison, pois ela é a mais violada dessa história. No entanto, a decisão que ela toma não chega a ser tão consistente. Ela decide ter o filho porque, no fundo, ela sente algo por Emily e sabe que a amiga tem sentimentos verdadeiros por ela. Mas será que é isso mesmo que Alison quer? Não senti tanta confiança, pois além do medo, a conversa que ela tem com Paige a coloca em uma posição em que ela precisa tomar uma atitude de imediato. Eu não sei se isso foi certo, mas vamos ver o que vai acontecer.
Por falar em Paige, seu relacionamento com Emily vai por água abaixo novamente por causa do filho surpresa. Como a própria Paige disse, por mais que elas representassem a modernidade em família, nenhuma seria feliz. É por isso que a treinadora tem uma conversa franca com Alison sobre sentimentos para saber se ela realmente deve ficar ou cair fora de uma vez por todas. Sinceramente, nem sei por que a personagem retornou à história. É até melhor que ela saia de cena.
Enquanto acompanhamos essa história, outra garota está prestes a trair o grupo. Sim, estou falando de Aria. Nenhum pouco a fim de jogar o jogo do tabuleiro, “AD” impõe que Aria o ajude, passando informações e pistas que suas amigas estão descobrindo. Caso ela não faça isso, seu dossiê cairá nas mãos da polícia, ela será tachada de traidora e Ezra pagará as consequências. Por um lado, Aria está em maus lençóis, mas convenhamos que ela procurou por isso. Não era mais fácil ela jogar o jogo, como todas estão fazendo mesmo a contra gosto? Ela está em uma posição muito pior do que jogadora e está prestes a ir buraco abaixo caso cometa algum deslize com “AD”. Aliás, o que são aquelas ligações com o rosto da Aria? Muito medonho.
Outra coisa que Aria fez foi colocar Ezra na parede sobre o caso de Nicole. Até quando ele vai ceder aos pedidos dos pais da ex e deixar Aria em segundo plano? Isso é medo? Consciência pesada? Sentimento reprimido? Eu entendo perfeitamente que Nicole passou por uma situação traumatizante e Ezra quer se desculpar de algum jeito, mas ele precisa entender que ele não pode controlar tudo e, nesse momento, Nicole precisa ficar afastada para se cuidar e Ezra precisa dar um tempo para Nicole aprender a se reerguer sozinha e ao lado de sua família. Eu entendo o momento de explosão da Aria, pois no lugar dela teria feito o mesmo. Ela até pede desculpas, mas pelo menos a verdade foi dita e fez algum efeito em Ezra. Vamos ver como ele se comporta daqui pra frente.
Aliás, enquanto Ezra estava no aeroporto (antes de voltar para casa), ele encontra Spencer conversando com Wren, ex-noivo de sua irmã Melissa. Eu realmente não entendi a aparição repentina do personagem e achei a justificativa de Spencer bem superficial e a cena totalmente fora de contexto. Como Wren pode ajudar Spencer? Seria para saber mais sobre Mary Drake? Por falar nisso, o que foram aquelas mensagens deixadas em uma garrafa de vinho na porta da casa de Spencer? Achei um pouco forçado e até ridículo. Como a Spencer não pegou Mary Drake no flagra, sendo que ela estava tão perto? A primeira vez que isso acontece é aceitável, mas a segunda e a terceira não, pois Spencer estava dentro de casa, ao lado da porta e não viu que tinha uma pessoa ali perto? Pra piorar, ela vai até o local marcado para encontrar Mary Drake, mas o detetive a segue e desconfia que Spencer esteja conectada com a morte do marido de Alison. Logo depois, vemos Spencer conversando com Wren. Faz algum sentido para vocês? Porque para mim não faz.
In the Eye Abides the Heart é um episódio um pouco arrastado, mas que ganha um tom mais pesado com a gravidez de Alison e Emily e a decisão de ter esse filho ou não. Aria amarrou uma pedra no próprio tornozelo e, agora, não sabe como desfazer o nó. Já Spencer continua atrás de Mary Drake e esse “pega-pega” pode piorar a sua situação. Já Hanna está na saga de não querer ser a próxima a jogar o jogo do tabuleiro, já que a vez dela passou. Ela até pede ajuda de Mona, mas recebe um NÃO da amiga e até entendemos os motivos de Mona negar a ajuda. Ah, outra coisa bastante estranha é que as garotas descobrem que Lucas e Charles se conhecem desde crianças, mas Lucas nunca contou isso para alguém. Será que ele também está por trás do jogo ou é apenas uma distração para as garotas não descobrirem a identidade de “AD”?
E aí, o que acharam do episódio? Deixem nos comentários!
Avaliação
Melhor cena: a decisão de Alison sobre a gravidez; Aria e Ezra discutindo
Melhor personagem: Aria, Alison e Emily
Nota: 7,0